Vídeo: momento em que funcionários se despedem de plataforma da Petrobras
A Petrobras anunciou na última quarta-feira (15) a conclusão da venda da totalidade da sua participação nos dez campos que compõem os polos Pampo e Enchova em águas rasas na Bacia de Campos para a Trident Energy do Brasil Ltda.
Vídeo feito no momento em que funcionários da estatal deixam pela última vez, ao menos como funcionários da empresa, a plataforma de exploração de petróleo P-8 instalada na bacia de Campos.
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Pelo que se pode observar no vídeo, os funcionários se comportam com determinada preocupação quanto aos seus futuros na empresa e críticas ao Governo são feitas e divulgadas em redes sociais.
Mas na avaliação do superintendente de Petróleo, Gás e Inovação de São João da Barra, Wellington Abreu, a operação traz perspectivas positivas para a região, inclusive de royalties, uma vez que os campos maduros ainda podem produzir muito:
— O foco da Petrobras está nos campos de altíssima produtividade no pré-sal e novas descobertas. A Bacia de Campos começa uma nova era que será tão produtiva quanto a anterior. Só não teremos resultados a curto prazo.
A transação foi concluída com o pagamento de US$ 365,4 milhões para a estatal, após o cumprimento de todas as condições precedentes, e considerando ajustes previstos no contrato e outras condições posteriormente acordadas entre as partes, e prevê o pagamento contingente de um valor adicional de US$ 650 milhões, incluindo US$ 200 milhões divulgados em 24 de julho do ano passado. O valor recebido no fechamento da transação se soma ao montante de US$ 53,2 milhões pago na assinatura dos contratos de venda, totalizando US$ 418, 6 milhões.
Essa operação está alinhada à estratégia de otimização de portfólio e à melhoria de alocação do capital da companhia, passando a concentrar cada vez mais os seus recursos em águas profundas e ultraprofundas, onde a Petrobras tem demonstrado grande diferencial competitivo ao longo dos anos.
O gerente executivo de Águas Profundas da Petrobras, Carlos José Travassos, ressalta que a operação pereniza o ciclo de vida dos ativos. “O desinvestimento dos polos se dá por meio da gestão de portfólio focada no futuro da Petrobras. Além de adicionar valores ao caixa da companhia, a operação evita gastos de descomissionamento e pereniza o ciclo de vida daquelas unidades por meio de novos investimentos, gerando empregos e valor para a Bacia de Campos”.
Foto: Folha 1
Segundo Wellington Abreu, o cenário é otimista, com mais investimentos na região. “Recentemente, a diretoria da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) aprovou a prorrogação do término dos contratos de concessão dos polos de Pampo e Enchova, na Bacia de Campos, com novos prazos entre 2042 e 2048. Esse é o objetivo da Petrobras mencionado pelo presidente da companhia esta semana. Esses são os campos intitulados maduros e ainda podem produzir muito óleo e gás, necessitando apenas de investimentos e aplicar tecnologias que aumentem o fator de recuperação”, disse.
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Sobre os campos — Os polos Pampo e Enchova englobam os campos de Enchova, Enchova Oeste, Marimbá, Piraúna, Bicudo, Bonito, Pampo, Trilha, Linguado e Badejo. A produção total de óleo e gás desses campos, de abril a junho de 2020, foi de cerca de 22 mil barris de óleo/dia através das plataformas PPM-1, PCE-1, P-8 e P-65. Com essa transação, a Trident passará a ser a operadora dessas concessões com 100% de participação. (A.N.) (P.R.P.P.)
Folha 1
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