O futuro muito nebuloso de Wilson Witzel
O processo de degola política do governador Wilson Witzel é um espetáculo triste, de certa forma, deprimente. Por uma razão ou outra, oito secretários já tomaram o rumo de casa: Fazenda, Luiz Cláudio Rodrigues de Carvalho; Casa Civil, André Moura; Polícia Civil, Marcus Vinícius Braga; Saúde, Fernando Ferry; Desenvolvimento Econômico, Lucas Tristão; Trabalho e Renda, Jorge Gonçalves da Silva; Desenvolvimento Social, Fernanda Titonel de Souza; Turismo, Otávio Leite; e Edmar Santos, que foi impedido pela Justiça de assumir a Secretaria de Ações contra a Covid depois de ser demitido da Secretaria de Saúde. Saíram ainda as lideranças da ALERJ, deputados Márcio Pacheco e Léo Vieira.
Caiu como uma bomba esta semana a decisão que teria sido tomada por Edmar Santos de entregar um conjunto de provas materiais que revelariam em detalhes a participação do governador Wilson Witzel no esquema de corrupção na Saúde do estado do Rio. Os advogados que defendem o governador, a nosso pedido, se pronunciaram: “No que diz respeito ao processo de impeachment, os advogados do Governador, Ana Basílio e Manoel Peixinho, entendem que a situação jurídica do ex-secretário de Saúde em nada interfere na defesa na Alerj. A responsabilidade do Governador no processo de impeachment está vinculada a atos pessoais e intransferíveis do Chefe do Executivo. A defesa entende que os elementos probatórios apresentados pela Comissão Processante são insuficientes para a aprovação do processo de impedimento. No momento, a luta da defesa é por um processo justo, isonômico e com a preservação do direito de defesa do acusado, que foi eleito legitimamente pelo voto popular. Aguardamos com serenidade a decisão do TJRJ sobre o nosso pedido de suspensão do processo de impeachment em razão dos diversos vícios formais referentes ao rito processual”.
Por Sidney Rezende
O Dia
RANOTÍCIAS