Em mais um capítulo da novela, judiciário obriga Estado a montar hospital de campanha em Campos
Saiba o porquê de o hospital de campanha de Campos ainda não ter
sido desmontado.
A novela do hospital de campanha de Campos parece que está longe de terminar. Entraves judiciais impedem que o hospital seja desmontado, mesmo apesar de o Governo do Estado já ter garantido que a unidade não será entregue à população. A Defensoria Pública do Rio de Janeiro (DPRJ) conseguiu, em parceria com o Ministério Público do Estado (MPRJ), nova decisão na Justiça em favor da construção e funcionamento de hospital de campanha em Campos dos Goytacazes. O novo parecer reforça decisão anterior que obrigava, também em tutela de urgência, a conclusão da construção da unidade de saúde destinada aos pacientes da Covid-19.
O pedido de tutela de urgência deferido anteriormente é fundamentado nos planos municipal e estadual de contingência para combate ao novo coronavírus. A análise dos planos indica a necessidade da ampliação de leitos na cidade, visto que os já existentes não seriam suficientes para garantir o enfrentamento à pandemia. A decisão previa multa diária no valor R$ 10 mil. O estado e a prefeitura de Campos recorreram. Contudo, a decisão foi mantida, obrigando a construção da unidade de saúde.
Ainda assim o estado segue descumprindo a decisão, motivo pelo qual a DPRJ e o MPRJ peticionaram no processo para requerer o bloqueio de valores dos royalties do petróleo referentes aos meses de junho e julho. O juízo concordou e deferiu o pedido, uma vez que a multa não estava sendo suficiente para garantir a construção do hospital de campanha. A verba será devolvida tão logo seja cumprida a decisão.
O defensor público Lucas Sant’Anna, do 1º Núcleo Regional de Tutela Coletiva, ressalta que a decisão não afeta somente os moradores de Campos, pois a cidade é um polo regional de saúde que recebe também moradores de outros municípios.
“Essa decisão é muito importante porque coloca em voga o direito à saúde dos moradores e da população do Estado do Rio de Janeiro, uma vez que existe a decisão judicial e é necessário que se dê cumprimento para garantir o direito fundamental a saúde de toda a população”, pontuou.
Por: N.U.
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