Multas de R$ 250 milhões da Vale pelo desastre de Brumadinho vão custear obras em parques nacionais

Voluntários vão à Brumadinho para salvar animais e tentar diminuir ...

Foto: Hipeness

Um acordo entre a mineradora Vale e o Ministério do Meio Ambiente vai destinar R$ 250 milhões em multas devidas pelo desastre ambiental em Brumadinho para parques nacionais e saneamento básico em Minas Gerais.

As multas aplicadas pelo Ibama à Vale não foram pagas pela companhia. Com o acordo, os valores serão revertidos pela Vale em projetos indicados pelo Ministério, em três anos.

O Ministro do Meio ambiente, Ricardo Salles, explicou a utilização prevista para o recurso.

Um grupo formado por representantes do Ministério do Meio Ambiente, do Ibama e do Instituto Chico Mendes acompanhará as ações.

R$ 150 milhões serão destinados para conservação de sete parques nacionais em Minas Gerais, com investimentos em infraestrutura para o incentivo ao turismo. Os parques são o da Serra da Canastra, Caparaó, Serra do Cipó, Serra da Gandarela, Cavernas do Peruaçu, Grande Sertão Veredas e Sempre-Vivas. O governo federal pretende conceder os parques à iniciativa privada.

Outros R$ 100 milhões serão para projetos de saneamento e da criação de aterros sanitários. O governo de Minas Gerais afirmou que ainda serão escolhidos os municípios atendidos com esses recursos.

O governador Romeu Zema afirmou que o estado e o Ministério Público tentam um acordo com a Vale, ainda sem um valor previsto.

Em nota, o diretor-executivo de relações institucionais da Vale, Luiz Eduardo Osório, afirmou que o acordo é um marco importante para o compromisso da empresa em reparar e compensar os impactos do rompimento da barragem do Córrego do Feijão.

O desastre em Brumadinho, ocorrido em janeiro de 2019, resultou em 259 mortos e outros 11 desaparecidos. Em março, os bombeiros paralisaram as buscas na região devido à pandemia do coronavírus.

Em janeiro, o Ministério Público de Minas Gerais indiciou 11 dirigentes da Vale, inclusive o então presidente da mineradora, Fabio Schvartsman, e cinco representantes da consultora alemã Tuv Sud, por homicídio duplamente qualificado de 270 pessoas, além de crime ambiental.

Por: Gésio Passos

EBC

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