Terminado sem acordo, 10 pessoas vão responder por Homicídio nas mortes no Ninho do Urubu do Flamengo

Sem acordo, acusados vão responder por 10

homicídios de adolescentes no incêndio no Ninho

do Urubu.

O Ministério Público do Rio de Janeiro recusou a proposta de acordo dos indiciados pelo incêndio no Ninho do Urubu, o centro de treinamento do Flamengo, na Vargem Grande, zona oeste do Rio de Janeiro, em fevereiro de 2019. Os acusados queriam evitar o processo criminal pela morte de dez adolescentes e ferimentos em outros três atletas da equipe de base do clube.

Sem acordo, o ex-presidente do Clube de Regatas do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, e outros sete envolvidos no incêndio vão responder por 10 homicídios culposos e três crimes de lesões corporais culposas (quando não há intenção da prática do crime). Os indiciados serão notificados da decisão do MP, e depois, serão denunciados à justiça.

O Ministério Público listou diversos fundamentos para não aceitar o acordo proposto, já que o requisito fundamental  é a confissão e nenhum dos indiciados admitiu conduta de relevância penal em favor da investigação. Além disso, seria necessário que o acordo fosse suficiente para reprimir o crime praticado, hipótese que não vale para o caso.

O MP salienta que diante das provas produzidas pela polícia, não restam dúvidas que houve uma série de condutas imprudentes e negligentes dos indiciados, que contribuíram para o incêndio, as mortes e os ferimentos nos adolescentes que dormiam no alojamento. E, conclui no documento que os indiciados devem ir a julgamento para à devida atribuição de responsabilidades.

Por: Cristiane Ribeiro

EBC

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