Prefeitura do Rio adia volta às aulas para agosto

Decisão foi anunciada em audiência virtual. Decreto deve ser

publicado na quarta-feira.

Adiamento da volta às aulas foi indicado ontem, pela secretária municipal de Saúde Beatriz Busch, durante audiência virtual da Comissão de Educação da Câmara de Vereadores

Adiamento da volta às aulas foi indicado ontem, pela secretária municipal de Saúde Beatriz Busch, durante audiência virtual da Comissão de Educação da Câmara de Vereadores – Ricardo Cassiano/ Agência O Dia
Rio – Inicialmente prevista para o início do próximo mês, a retomada das aulas no município do Rio deve acontecer apenas no final de agosto. O adiamento da data foi indicado na segunda-feira, pela secretária municipal de Saúde Beatriz Busch, durante audiência virtual da Comissão de Educação da Câmara de Vereadores.
Na quarta-feira, um decreto do prefeito Marcelo Crivella com o novo calendário escolar deve ser publicado no Diário Oficial. “No sentido de proteger a saúde dos
funcionários e alunos, prorrogamos o prazo de início das atividades escolares, atendendo recomendação do Senado Federal. Na quarta, vamos editar o decreto. A volta às aulas deve ocorrer, possivelmente, no final da sexta fase do cronograma da prefeitura, com início marcado para o dia 15 de agosto”, afirmou a secretária de Saúde.
Contudo, antes mesmo de ser confirmado, o cronograma já sofreu rejeição por parte do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (SEPE-RJ), que participou da reunião. A coordenadora do sindicato, Izabel Paolino, afirmou que, caso as aulas voltem em agosto, o SEPE-RJ deverá entrar em greve. “Estamos em um processo de flexibilização irresponsável. A Educação não volta sem a pandemia estar totalmente controlada”, avisou Paolino.
Presidida pelo vereador Célio Lupparelli (DEM), a Comissão ouviu ainda representantes da Associação de Estudantes do Estado do Rio; do Movimento de Mães, Pais e Responsáveis da Escola Pública Municipal Carioca; do Ministério Público e da Fiocruz. A grande maioria dos debatedores se manifestou contra a volta do cronograma escolar em julho, como anunciado anteriormente no cronograma de reaberturas da prefeitura do Rio.
A secretária de Educação Talma Romero informou, na reunião, que a retomada das aulas será discutida em um comitê com representantes do Ministério Público, do Tribunal de Contas do Município, da Defensoria Pública e do Conselho Escola Comunidade para traçar o calendário e os protocolos de volta às aulas.
“Não temos como concordar com a volta às atividades nas escolas nesse momento. Não há infraestrutura e protocolos claros para enfrentarmos um aumento de novos casos, sem testes, vacina, medicamentos específicos, médicos e enfermeiros suficientes”, ponderou o vereador Célio Lupparelli, na audiência virtual.
Ofício contra retorno escolar
O adiamento do calendário escolar municipal aconteceu no mesmo dia que as bancadas do PSOL e do PT na Câmara Municipal enviaram um ofício para a Secretaria Municipal de Educação (SME) indicando o não retorno das aulas na rede devido a evolução da pandemia. Precisamos sobretudo de planejamento”, ponderou o vereador Tarcísio Motta (PSOL).
Em nota, a SME informou que o planejamento de retorno de alunos e a reorganização das atividades pedagógicas está sendo debatido de acordo com as normas para preservação de saúde dos alunos, professores e funcionários.
Por sua vez, a Secretaria Estadual de Educação (SES) divulgou posicionamento em que destaca que as aulas nas unidades do Estado só voltarão ao regime presencial quando a Secretaria de Saúde determinar o final do isolamento social, ainda sem previsão.

Por Luana Dandara

O Dia

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