Assista aqui: Maracanã 70 anos: Petkovic define como ‘apoteótico’ o tri do Flamengo sobre o Vasco em 2001

Petkovic comemora o seu gol de falta em 2001, que deu ao Flamengo o tricampeonato estadual em cima do Vasco -

Petkovic comemora o seu gol de falta em 2001, que deu ao Flamengo o tricampeonato estadual em cima do Vasco – Foto: Hipolito Pereira/27.05.2001 com arte

Uma falta, um passaporte para a eternidade. Quarenta e três minutos do segundo tempo e a necessidade de um gol para tirar o título de 2001 das mãos do maior rival e, consequentemente, trazer para as suas. Uma cobrança, uma viagem da bola que durou segundos, mas fez o tempo parar ao seu redor. Um gol que fez brilhar, mais uma vez, uma camisa 10 da Gávea. O sérvio Dejan Petkovic, dono dessa numeração e também do feito histórico, diz que aquele jogo foi, sem dúvidas, o mais importante de sua carreira e que gravou seu nome na história do clube e do estádio.

— Começou difícil pela necessidade de fazer o resultado e terminou do modo apoteótico que foi. Aquela partida foi singular na minha vida, um trampolim da minha carreira aquele gol, aquela vitória, aquele título e a conquista do tricampeonato estadual. Não só para mim, como para outros jogadores que, posteriormente, vieram a ser convocados para a seleção e alcançaram a consagração no futebol. Foi um marco na vida de todos que estavam lá naquele momento, seja jogando ou mesmo assistindo — comenta o ex-meia.

Seja no próprio Flamengo, em sua outra passagem que até culminou no título brasileiro de 2009, sendo peça essencial, seja em sua passagem pelo Vasco e Fluminense, o Maracaã sempre esteve presente na sua trajetória. O ex-jogador desenvolveu uma ligação íntima e de enorme carinho com o local. No entanto, curiosamente, esse não é o único Maracanã que é alvo de enorme carinho de Pet.

— A palavra Maracanã me traz sentimentos especiais. Em meu coração, há dois: o primeiro, claro, do Rio de Janeiro, o qual foi minha casa por muitos anos, muitos jogos, momentos impressionantes na minha carreira. O segundo fica em Belgrado, na Sérvia, onde também fiz de minha morada por anos e fui muito feliz. Eu me considero um privilegiado de poder dizer, que possuo, não só um, mas dois Maracanãs guardados em um lugar muito especial dentro de mim — disse.

Anos antes de sua chegada ao futebol brasileiro, Petkovic foi ídolo no Estrela Vermelha, da Sérvia, seu país natal. Acontece que a casa do clube sérvio, o Rajk​o Mitic, que também costuma receber jogos da seleção local, é conhecido por “Marakana”, em referência e homenagem ao estádio carioca.

O atual comentarista do Grupo Globo revela que as emoções vividas há anos ainda são sentidas por ele, como se pudesse regressar àqueles momentos em que era protagonista num grande espetáculo.

Reveja aqui a pintura de gol que colocou o nome de Petkovic na história do futebol brasileiro:

— Se eu fechar os olhos, consigo me imaginar pisando no gramado do Maracanã e voltam automaticamente todas aquelas emoções, muitas memórias. Arrepia, sabe?! O coração vibra, como seu eu pudesse novamente poder participar daqueles momentos. Hoje, quando vou ao estádio a trabalho, confesso que tento não fazer esse exercício de voltar no tempo, porque tenho certeza que a saudade vai bater forte — conta Petkovic.

Pedro Medeiros

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