Paulo Marinho chega para prestar novo depoimento na PF do Rio nesta terça-feira
Empresário chegou ao local por volta das 8h40 desta terça-feira (26)
e segurava um envelope em que estava escrito “Conhecereis a
verdade, e a verdade vos libertará”. PF do Rio deve enviar mais
informações para inquérito que investiga tentativa do presidente
Bolsonaro de interferir politicamente no órgão.
O empresário Paulo Marinho, um dos principais aliados de Jair Bolsonaro na campanha eleitoral de 2018, será novamente ouvido na sede da PF do Rio nesta terça-feira (26). Acompanhado de seus advogados, ele chegou por volta das 8h40 ao local e segurava um envelope em que estava escrito “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”.
Na chegada, Marinho não quis falar com a imprensa, mas se comprometeu a dar alguns esclarecimentos aos jornalistas ao fim do depoimento.
Paulo Marinho chega à sede da Polícia Federal, no Rio — Foto: Reprodução/TV Globo
A Superintendência da Polícia Federal do Rio de Janeiro recebeu um pedido para envio de mais informações para o inquérito que investiga a suposta tentativa do presidente da República de interferir politicamente no órgão.
Na segunda-feira (25), a Polícia Federal enviou solicitação pedindo à sede do Rio de Janeiro para que enviem relatórios de produtividade do órgão entre 2017 e 2019.
Paulo Marinho presta novo depoimento nesta terça-feira (26) — Foto: Reprodução/TV Globo
Na segunda-feira (25), agentes da PF também recolheram a câmera de vídeo e os cartões de memória da reunião ministerial do dia 22 de abril, no Palácio do Planalto, para perícia. O objetivo é analisar se houve edição no material enviado ao Supremo Tribunal Federal.
O vídeo foi indicado pelo ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, como prova da tentativa de Jair Bolsonaro interferir politicamente na Polícia Federal.
A gravação mostra que o presidente reclamou algumas vezes da segurança, e falou que faltam informações da PF e do setor de Inteligência do governo.
Em agosto de 2019, Jair Bolsonaro disse que queria trocar o então superintendente da PF, Ricardo Saadi, alegando que havia problema de gestão e produtividade. A informação foi desmentida pelo próprio órgão.
Em outra frente, a Polícia Federal pediu ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República informações detalhadas sobre trocas na segurança pessoal de Bolsonaro e de sua família.
Bolsonaro disse que, quando falou de dificuldades para trocar a Segurança do Rio de Janeiro na reunião, se tratava da segurança pessoal e não da PF. A TV Globo revelou que, ao contrário do que o presidente afirma, antes da reunião ministerial, já tinham sido feitas mudanças na equipe de Segurança do RJ, e até a promoção do coronel André Laranja, o diretor que cuidava da segurança ministerial.
RANOTÍCIAS