Processo que levou a operação que prendeu quadrilha ligada a Witzel, cita o nome de três campistas

Caio Vianna, Vladimir Garotinho e Gil Vianna, tem

seus nomes citados em processo que levou

quadrilha ligada ao Governador do Rio, Wilson

Witzel para atrás das grades essa semana.

Caio Vianna, Vladimir Garotinho e Gil Vianna

O processo em que os nomes dos políticos campistas aparecem, fazem parte do documento enviado pelo MPF (Ministério Público Federal) e possui 192 páginas.

Os três políticos de campos, supostamente candidatos a prefeitura da cidade nas próximas eleições, tiveram seus nomes mencionados em conversas gravadas através de grampos telefônicos autorizados pelo judiciário.

Os áudios foram feitos pela Polícia Federal que obteve autorização da justiça para que fizesse as escutas na operação  Favorito, desdobramento da Lava jato. A informação foi divulgada nessa quinta-feira (14) em desdobramento da Operação que levou membros de uma quadrilha que desviava recursos milionários da pasta da saúde do governo do Rio de Janeiro.
Na Operação que teve seu desdobramento essa semana, o empresário, Mário Peixoto que atua no meio político do Rio desde o tempo de Jorge Picciani, quando este comandava a ALERJ (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro), foi preso junto a mais pessoas pertencentes a quadrilha ligada ao Governador Witzel.
Nas conversas gravadas, cargos da Faetec, são distribuídos para a compra de apoio político na cidade de campos, como os de Caio Vianna, Vladimir Garotinho e do deputado estadual Gil Vianna, este último, internado em unidade hospitalar com Covid-19.
Foco da Operação, o empresário Mário Peixoto, seu suposto operador financeiro, Alessandro de Araújo Duarte, e o então vice-presidente da Faetec Gilson Carlos Rodrigues Paulino.
O nome de Mário peixoto é vinculado ao, hoje  Governador Wilson Witzel, desde sua campanha eleitoral no ano de 2018, quando foi citado em um debate transmitido pela TV, quando nele, o atual Senador, na época, também candidato ao governo do rio, Romário, pergunta se Witzel já havia ouvido falar em Mário Peixoto, fato que eixou o atual governador do Rio , pouco a vontade, ou desconfortável, fazendo com que ele pedisse direito de resposta ates mesmo que o Senador Romário terminasse de formular a pergunta.
Confiram parte do debate onde Witzel é interpelado pelo então candidato Romário, sobre o fato de que se ele conhece Mário Peixoto, principal fornecedor do estado.
Mário Peixoto, é tido como o principal fornecedor do governo do Estado e é também acusado de super faturar equipamentos para o combate ao novo coronavírus, o Covid-19.
A deputada estadual Cidinha Campos (PDT), também fez uso das redes sociais para fazer a denúncia de que o empresário preso esta semana, seria o homem forte do governador que estaria tomando o estado do Rio de Janeiro de assalto, tudo de forma bem detalhada:
Hospital de campanha do Maracanã — Foto: Rogério Santana/Divulgação Governo do RJ

Hospital de campanha do Maracanã — Foto: Rogério Santana/Divulgação Governo do RJ

Enquanto políticos veem seus nomes envolvidos em situações no mínimo suspeitas, enfermeiros que se encontram na linha de frente do combate ao Corona vírus, não tem copo para beber água e são obrigados a descansar no chão de unidade hospitalar, pois camas não foram providenciadas para tanto:

Caio Vianna e Wladimir Garotinho, ambos pré-candidatos à prefeitura de Campos, foram citados em interceptações telefônicas da Polícia Federal na Operação Favorito, desdobramento da Lava Jato, que aconteceu nesta quinta-feira (14), no Rio, para investigar supostas fraudes em contratações de Organizações Sociais com o governo do Estado, tendo como principal alvo o empresário Mário Peixoto.

Na denúncia do Ministério Público Federal,  os investigadores chegam a falar em “conversa a respeito de compromissos espúrios da organização criminosa com os possíveis candidatos na eleição municipal de Campos”. O trecho  em que os pré-candidatos são citados é referente a contratos de OS ligada a Mário Peixoto com a Faetec, onde fica demonstrado uma disputa política para indicação de cargos.

O trecho que envolve os campistas é de uma interceptação telefônica onde são alvos o suposto operador financeiro de Mario Peixoto, Alessandro de Araújo Duarte, e o então vice-presidente da Faetec Gilson Carlos Rodrigues Paulino.

A conversa entre os interceptados do dia 4 de dezembro do ano passado é iniciada com um pedido de Gilson a Alessandro para providenciar um voo de helicóptero para que o primeiro pudesse vir a Campos participar do aniversário de Caio Vianna.

Em nota, o Deputado Federal Wladimir Garotinho esclarece que é citado apenas como pessoa influente na política campista e que teria recebido vagas de emprego na cidade, mesmo contra a vontade do grupo que foi preso hoje. Nos trechos em que o nome do Deputado é citado está claro que o parlamentar não tem vínculo político, e que o candidato deste grupo em Campos é Caio Vianna, por relações antigas e de amizade, tendo inclusive trecho em que cita que o empresário Mário Peixoto teria, por duas vezes, “comprado” Caio Vianna.
As transcrições mostram ainda, que o simples fato de o Secretário de Estado de Ciência e Tecnologia, Leonardo Rodrigues, ter oferecido vagas de emprego ao parlamentar deixou alguns membros desse grupo político bastante irritados, pois consideraram munição para o adversário.
O secretário, de fato, ofereceu vagas ao Deputado, pois o parlamentar colocou emendas na secretaria para construção de uma unidade da Faetec em Baixa Grande, na Baixada Campista. Tais indicações seriam para processo seletivo de profissionais, sob realização da própria Faetec.
O Deputado afirma que nunca esteve com Mário Peixoto, que sequer o conhece e que sabe do seu histórico criminoso pois seu pai, o ex-governador Garotinho, já o denúncia desde 2017.”

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