Processo que levou a operação que prendeu quadrilha ligada a Witzel, cita o nome de três campistas
Caio Vianna, Vladimir Garotinho e Gil Vianna, tem
seus nomes citados em processo que levou
quadrilha ligada ao Governador do Rio, Wilson
Witzel para atrás das grades essa semana.
Caio Vianna, Vladimir Garotinho e Gil Vianna
O processo em que os nomes dos políticos campistas aparecem, fazem parte do documento enviado pelo MPF (Ministério Público Federal) e possui 192 páginas.
Os três políticos de campos, supostamente candidatos a prefeitura da cidade nas próximas eleições, tiveram seus nomes mencionados em conversas gravadas através de grampos telefônicos autorizados pelo judiciário.
Hospital de campanha do Maracanã — Foto: Rogério Santana/Divulgação Governo do RJ
RANOTÍCIAS
Caio Vianna e Wladimir Garotinho, ambos pré-candidatos à prefeitura de Campos, foram citados em interceptações telefônicas da Polícia Federal na Operação Favorito, desdobramento da Lava Jato, que aconteceu nesta quinta-feira (14), no Rio, para investigar supostas fraudes em contratações de Organizações Sociais com o governo do Estado, tendo como principal alvo o empresário Mário Peixoto.
Na denúncia do Ministério Público Federal, os investigadores chegam a falar em “conversa a respeito de compromissos espúrios da organização criminosa com os possíveis candidatos na eleição municipal de Campos”. O trecho em que os pré-candidatos são citados é referente a contratos de OS ligada a Mário Peixoto com a Faetec, onde fica demonstrado uma disputa política para indicação de cargos.
O trecho que envolve os campistas é de uma interceptação telefônica onde são alvos o suposto operador financeiro de Mario Peixoto, Alessandro de Araújo Duarte, e o então vice-presidente da Faetec Gilson Carlos Rodrigues Paulino.
A conversa entre os interceptados do dia 4 de dezembro do ano passado é iniciada com um pedido de Gilson a Alessandro para providenciar um voo de helicóptero para que o primeiro pudesse vir a Campos participar do aniversário de Caio Vianna.
Em nota, o Deputado Federal Wladimir Garotinho esclarece que é citado apenas como pessoa influente na política campista e que teria recebido vagas de emprego na cidade, mesmo contra a vontade do grupo que foi preso hoje. Nos trechos em que o nome do Deputado é citado está claro que o parlamentar não tem vínculo político, e que o candidato deste grupo em Campos é Caio Vianna, por relações antigas e de amizade, tendo inclusive trecho em que cita que o empresário Mário Peixoto teria, por duas vezes, “comprado” Caio Vianna.
As transcrições mostram ainda, que o simples fato de o Secretário de Estado de Ciência e Tecnologia, Leonardo Rodrigues, ter oferecido vagas de emprego ao parlamentar deixou alguns membros desse grupo político bastante irritados, pois consideraram munição para o adversário.
O secretário, de fato, ofereceu vagas ao Deputado, pois o parlamentar colocou emendas na secretaria para construção de uma unidade da Faetec em Baixa Grande, na Baixada Campista. Tais indicações seriam para processo seletivo de profissionais, sob realização da própria Faetec.
O Deputado afirma que nunca esteve com Mário Peixoto, que sequer o conhece e que sabe do seu histórico criminoso pois seu pai, o ex-governador Garotinho, já o denúncia desde 2017.”