Efeito corona: Auto Viação 1001 demite mais de 2 mil trabalhadores
O setor de transporte intermunicipal do Rio de Janeiro segue em crise, por conta da pandemia do novo coronavírus – Covid-19. A Auto Viação 1001 que possui sede no município de Niterói, na Região Metropolitana, atravessa uma crise sem precedentes, assim como outras empresas de ônibus no estado e também no Brasil. A viação 1001, cujas operações intermunicipais estão praticamente suspensas há quase dois meses em função das medidas de quarentena adotadas pelo estado e Niterói, onde fica a sede da empresa, está demitindo 2.024 funcionários.
As linhas que ligam a Baixada Fluminense, assim como a cidade do Rio de Janeiro e Niterói, até os municípios da Região dos Lagos, Norte e Noroeste Fluminense, seguem paralisadas por conta do decreto estadual. No trecho Rio x São Paulo e São Paulo x Rio, a empresa voltou operar alguns poucos horários e com baixa procura de passageiros, que ainda seguem com receio de viajar para São Paulo, capital com maior número confirmado da Covid-19, bem como maior cidade com número de mortos até o momento.
Desde março já foram dispensados cerca de mil trabalhadores e só esta semana estão sendo feitas até sexta-feira, 250 homologações de rescisão de contratos. As demais demissões devem acontecer ao longo deste mês. A 1001, maior empresa de transporte rodoviário de passageiros do Estado do Rio de Janeiro, pertence ao grupo JCA, que também congrega as viações Cometa, Catarinense, Expresso do Sul e Rápido Ribeirão.
O grupo já vinha anunciando redução no quadro desde março, sob a alegação de queda de faturamento nos meses de janeiro e fevereiro. No entanto, outras motivações empresariais, além das consequências da crise econômica provocada pelo coronavírus, podem estar por trás das demissões em massa promovida pela empresa.
Desde o ano passado, a 1001 vinha adotando o regime de trabalho intermitente, que passou a ser permitido pela reforma trabalhista, e a suspensão atividades nos últimos dois meses pode ter sido uma razão decisiva para que fosse implementada uma mudança mais ampla no regime de trabalho da empresa.
Foto: Matheus Dias
Por: N.U.
RANOTÍCIAS