Rodrigo Silveira

No feriado de São Jorge, nesta quinta-feira (23), o Centro de Campos registrava mais um dia de aglomeração, mesmo diante de todas as recomendações de isolamento social para evitar a propagação do coronavírus no município. A concentração era de pessoas que buscavam acesso aos caixas eletrônicos na Caixa Econômica Federal e tinham que se enfileirar para aguardar a entrada no banco. A situação ocorreu nas agências da rua Tenente Coronel Cardoso (antiga Formosa) e na Boulevard Francisco de Paula Carneiro (Calçadão). O comércio, por outro lado, permanecia fechado e cumpria as medidas adotadas para achatar a curva da Covid-19 na cidade. Outros bancos também não funcionaram nesta quinta.

Como acontece desde o princípio da quarentena, quando a demanda para utilizar os caixas eletrônicos aumenta, são formadas filas no lado de fora das agências. Nas filas, muitas vezes, a distância indicada para evitar o contágio do coronavírus não é respeitada.
Diante do número de infectados que cresce exponencialmente em Campos, com 45 casos confirmados, 2 óbitos e 169 suspeitos, dos quais 21 apresentam Síndrome Respiratória Aguda Grave, qualquer esboço de aglomeração é preocupante. Mas, como no caso de quem buscava o banco e certamente não desejava se expor, não há para onde correr.
Podemos dizer que, na manhã desta quinta de São Jorge, a população campista que não tinha a necessidade urgente de se expor ao novo coronavírus entendeu que a melhor maneira de enfrentar o “dragão” não era vestindo as armas do santo-guerreiro e desbravar o mundo à procura da fera – para enfrentar a Covid-19, da melhor maneira possível, tem que respeitar as normas de isolamento social.
ÍCARO ABREU BARBOSA 
Folha 1
RANOTÍCIAS