Máscaras passam a ser obrigatórias a partir de hoje no Rio
Uso do acessório ocorrerá também nas praias, lagoas e praças.
O decreto sobre o uso obrigatório das máscaras foi publicado no sábado (18), em edição especial do Diário Oficial do Município. Quem desobedecer a determinação está sujeito a pagamento de multa por deixar de executar, dificultar ou se opor à execução de medidas sanitárias, que visem à prevenção das doenças transmissíveis e sua disseminação, à preservação e à manutenção de saúde.
Como forma de chamar a atenção da população, a prefeitura do Rio colocou máscaras feitas de TNT (material semelhante a tecido, obtido através de liga de fibras) em mais de 40 estátuas na cidade. A campanha pelo uso de máscaras contempla estátuas que homenageiam personalidades.
Estão na relação o busto de Zumbi dos Palmares, no Centro, as estátuas de Bellini, em frente ao Estádio do Maracanã, Cartola, na Mangueira, na zona norte, e Carlos Drummond de Andrade, na orla da Praia de Copacabana.
Cada um dos mais de 40 monumentos receberá uma plaquinha com a seguinte inscrição: “Se tá fora de casa, tem que usar máscara. É obrigatório”.
O gestor do Gabinete de Crise contra a Covid-19 e secretário municipal de Ordem Pública, Gutemberg Fonseca, destacou a importância da ação ostensiva na cidade para a proteção de cada pessoa por meio da conscientização.
“É fundamental conscientizar. Se houver necessidade de sair para a rua, pedimos que o cidadão utilize a máscara e evite aglomerações. Esta campanha reforça a exigência da prática, seguindo a determinação do decreto do prefeito Marcelo Crivella”, disse.
Segundo o secretário, a prefeitura vai distribuir em vários pontos da cidade 1 milhão de um novo tipo de máscara, feita de celulose, biodegradável e com design mais eficiente, para evitar a contaminação do lado interno. “É um material reciclado, que você usa um dia e depois joga fora”, disse.
Contratação de pessoal
Diário Oficial extraordinário do Município desta quinta-feira publica edital para a contratação temporária de profissionais para os hospitais de campanha da prefeitura, no Riocentro, Federal de Bonsucesso e Universitário Clementino Fraga Filho (Fundão/UFRJ).
São 3.922 vagas específicas para essas três unidades, para diferentes categorias. Ao todo, a prefeitura está contratando 5.075 profissionais para a linha de frente do combate à pandemia de covid-19, o que inclui, além dessas três unidades, o Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, primeira unidade de referência da rede municipal para o tratamento dos casos graves da doença. As inscrições específicas para este edital estarão abertas ainda esta noite, a partir do link.
As vagas deste edital são para médicos intensivistas, infectologistas e clínicos gerais (total de 677), enfermeiros (555), enfermeiros especialistas em Unidade de Terapia Intesiva (UTI) (208), fisioterapeutas (192), fisioterapeutas especialistas em UTI (230), farmacêuticos (20), nutricionistas (18), assistentes sociais (14), psicólogos (6), técnicos de enfermagem (1.806), técnicos de farmácia (20), assistentes administrativos (140) e auxiliares de suprimentos (36). Os médicos que já haviam feito inscrição no processo seletivo Emergencial – Coronavírus, no site da RioSaúde, não precisam se inscrever novamente. Para esta categoria, os vencimentos podem chegar a R$ 15.693,95 (conforme carga horária), mais benefícios.
Para o Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, que desde o dia 23 de março está dedicado exclusivamente ao tratamento de casos graves de covid-19, já foram efetivadas 938 contratações, de um total de 1.153 vagas. A unidade tem atualmente 206 leitos abertos (131 de enfermaria e 75 de UTI) e o total de leitos programados é 381, que estão sendo abertos progressivamente, conforme cronograma. O hospital de Acari é também o principal centro de capacitação de profissionais para os cuidados da doença.
Leitos na rede privada
A prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, publicou nesta quinta-feira, em edição extraordinária do Diário Oficial, o edital de licitação para contratar mil leitos de UTI na rede particular para pacientes com covid-19. A medida ajudará no aumento de vagas até a abertura de todos os cerca de mil leitos programados na rede municipal de saúde.
Os interessados em participar do chamamento público, integrantes ou não da rede de serviços complementares do Sistema Único de Saúde (SUS), devem ofertar, no mínimo, cinco leitos de UTI adulto.
Os serviços serão remunerados pela tabela de procedimentos do SUS em vigor na data de realização do contrato. Pelo aluguel dos leitos, a prefeitura pagará diária de R$ 1,6 mil e mais R$ 1,5 mil para tratamento da infecção pela covid.
Todos os prestadores habilitados serão convocados para integrar temporariamente a rede de serviços de saúde da Secretaria Municipal de Saúde pelo prazo que perdurar a necessidade de tratamento de pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave – SRAG/Covid-19.
Em toda a rede SUS do Rio, que inclui as unidades de saúde municipais, estaduais e federais, a taxa de ocupação na UTI chega a 93%.
Por Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro
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