Judiciário ocupa lugar de destaque no noticiário dessa quinta-feira, com escândalo no Rio e também na Bahia.
Depois de ter sido divulgado nas principais manchetes dos noticiários
do país, o escândalo, este já previsto, envolvendo o Desembargador
do TJRJ, Siro Darlan, que ao passar a responder por mais um processo
na sua, digamos, ficha corrida, encontrou uma colega de profissão
em situação parecida no estado da Bahia.
Não que o judiciário seja referencia de (justiça) no Brasil. Mas com
tantos escândalos envolvendo mais este poder da república, a
sensação de anarquia se torna inevitável e fica cada vez mais
evidente, que escândalo envolvendo esta corte, está longe de ser
privilégio do Rio de Janeiro.
Foto montagem: Welington MHZ
Em atuação de busca e apreensão, a Polícia Federal da Bahia
acabou por descobrir uma mansão milionária, em nome de uma
colega de profissão de Darlan. Algo no mínimo suspeito por ser
incompatível com a renda da digníssima magistrada, a
desembargadora do TJ/BA, Sandra Inês Rusciolelli.
Na operação da Bahia, o filho da desembargadora foi preso, porém
diferentemente do caso Darlan, lá no Nordeste, a magistrada fez
companhia ao seu filhote.
Divulgação
A Polícia Federal descobriu que a desembargadora Sandra Inês Rusciolelli e Vasco Rusciolelli apresentavam movimentações financeiras suspeitas, conforme apontado pelo relatório da Unidade de Inteligência Fianceira, antigo Coaf. Segundo o relatório, a movimentação era superior a R$ 2,7 milhões, com indicações, dentre outras, de realização de depósitos, saques, pedidos de provisionamento para saque ou qualquer outro instrumento de transferência de recursos em espécie, que apresentem atipicidade em relação à atividade econômica do cliente ou incompatibilidade com a sua capacidade econômico-financeira.
A Polícia Federal, quando foi fazer a busca e apreensão em desfavor da desembargadora e do filho, descobriu uma mansão em Praia do Forte, que, após a reforma, contou com pagamentos parcelados em espécie de R$ 158 mil, que ultrapassam a soma de R$ 4 milhões. O patrimônio da desembargadora e do filho ainda inclui dois apartamentos conjugados de quatro quartos, de luxo, no Le Parc Residencial Resort. Os dois possuem quatro carros na garagem: um Corolla, um Jaguar, um Etios e um Tucson.
Foto montagem: ILHÉUS NOTÍCIAS
Segundo a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), os salários de servidores públicos, ainda que bem remunerados, não poderiam financiar tamanho patrimônio. “Por certo, não é crime ter bens de alto valor ou acumular riquezas numa economia capitalista, mas, in casu, em se tratando de funcionários públicos, Sandra Inês Rusciolelli, desembargadora, que recebe o valor bruto de R$ 35.462,22, e Vasco Rusciolelli, notário, cujo salário girava em torno de R$ 6 mil, os bens em questão, venia concessa, exorbitam o patamar normal financeiro da posição social deles”, diz trecho da denúncia. Ao todo foram cumpridos 8 mandados em Salvador/BA, Mata de São João/BA e Rondonópolis/MT. Já se encontram atrás das grades, a desembargadora Maria do Socorro Barreto santiago, ex-presidente do TJ/BA, o juíz Sérgio Humberto, além de servidores públicos e demais operadores financeiros envolvidos no criminoso esquema.
Por: Cláudia Cardoso
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