Dólar encosta em R$ 4,80 e Bolsa despenca em dia caótico nos mercados globais

Bolsa caiu mais de 10% e as negociações foram

interrompidas por 30 minutos para acalmar os

operadores e evitar perdas adicionais aos

investidores.

Bolsa de Valores de São Paulo

Bolsa de Valores de São Paulo – Nelson Almeida / AFP
São Paulo – O dólar começou a semana batendo mais um recorde nominal – descontando a inflação – desde o Plano Real, atingindo a casa de R$ 4,79, na manhã desta segunda-feira. De acordo com levantamento do Estadão/Broadcast, a moeda americana chegou a ser negociada por mais de R$ 5 nas casas de câmbio.

A Bolsa brasileira abriu em queda e recuava 8,48% às 10h18, para 89.687,11 pontos. Por volta das 10h30 da manhã a bolsa caiu mais de 10% e as negociações foram interrompidas por 30 minutos para acalmar os operadores e evitar perdas adicionais aos investidores, este mecanismo é denominado ‘circuit breaker’.

Para tentar conter a disparada do dólar, o Banco Central vendeu US$ 3 bilhões à vista das reservas internacionais. No início da manhã, o BC cancelou o leilão de US$ 1 bilhão que faria e aumentou o valor para US$ 3 bilhões. A decisão se deu por “condições do mercado”, de acordo com a assessoria de imprensa do BC.

Dólar

O dia é marcado por quedas em Bolsas ao redor do mundo por medo sobre o novo coronavírus e como consequência da disputa de preços de petróleo entre Arábia Saudita e Rússia – petróleo do tipo Brent chegou a recuar 31%, no maior tombo desde a Guerra do Golfo (1990 e 1991).

Na Ásia, as Bolsas da China, seguindo o mau humor generalizado dos mercados financeiros, fecharam em queda. O principal índice acionário do país, o Xangai Composite, teve recuo de 3,01%.

Na Europa, os mercados abriram a manhã desta segunda com queda generalizada. Tudo sob os mesmos motivos – petróleo e coronavírus.

A Arábia Saudita reduziu os preços do petróleo, abrindo o caminho para um forte aumento de sua produção em abril. A decisão dos sauditas, anunciada no fim de semana, veio após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e os aliados da Opep+ não conseguirem fechar um acordo na última sexta para cortar ainda mais a produção do grupo, como parte de uma estratégia para amenizar o impacto econômico do coronavírus.

A Rússia, líder informal da Opep+, não aceitou uma proposta da Opep de reduzir a oferta coletiva em mais 1,5 milhão de barris por dia.

Por ESTADÃO CONTEÚDO
O Dia
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