Vídeo: enquanto Coppam e proprietário do condenado prédio batem boca, segue o perigo eminente para a população de Campos

Mais uma parte do prédio desabou
Mais uma parte do prédio desabou / Genilson Pessanha

O Conselho de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural de Campos (Coppam) rejeitou o plano de trabalho apresentado pelo proprietário do prédio localizado no cruzamento da avenida Alberto Torres com a rua Barão do Amazonas, no Centro de Campos. Parte da construção desabou, por duas vezes, em função das últimas chuvas. O Coppam determinou escoramento imediato do local, sob pena de multas que variam entre 50 e 30 mil Uficas. O Coppam dará ciência ao Ministério Público Estadual a respeito da decisão.

De acordo com o Coppam, o Plano de Trabalho não atende às especificações solicitadas pelo órgão: não apresenta profissional técnico responsável, registro profissional, nem cronograma com prazos para execução da obra necessária. Além do escoramento imediato, o Coppam determinou que seja entregue um novo plano de trabalho dentro das especificações.
Mais uma parte do prédio, que também compõe a fachada da construção erguida em 1920, desabou na tarde dessa quarta-feira (4). Ninguém ficou ferido. A área continua isolada tanto para passagem de pedestres quanto para trânsito e estacionamento de veículos, já que há risco de novos desabamentos. A Folha tentou contato com os proprietários do imóvel, mas sem sucesso.
Confiram em vídeo que caiu na internet, o momento em que o prédio perde mais uma parte de sua fachada, levando perigo para os pedestres:
Queda — O primeiro desabamento aconteceu na noite do último domingo (1). As chuvas que atingiram o município no final de semana podem ter contribuído para o deslizamento parcial da fachada. Na ocasião, também não houve feridos.
Na terça-feira, membros do Coppam se reuniram para debater o caso. Durante o encontro, os proprietários do imóvel sugeriram a demolição do prédio para construção de outro, no mesmo modelo do antigo, mas a proposta foi contestada. Na segunda-feira, os donos fizeram a retirada de entulhos do local.
Segundo a Defesa Civil, o imóvel sofre com a ação do tempo desde 2018, apesar de não estar em total estado de abandono.
O problema é que enquanto Coppam, dono do prédio e judiciário discutem a questão protagonizando um verdadeiro exemplo de burocracia, coisa típica de brasileiro, a população campista é que paga o preço da polêmica, com o risco de novo desabamento podendo atingir algum transeuntes e com a interrupção do trânsito no centro da cidade, o que vem provocando grande transtorno para os motoristas.
Folha 1
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