Em Marília, também no interior do estado, uma cratera aberta na Rodovia Dona Leonor Mendes de Barros engoliu um caminhão e um carro . O motorista do carro morreu. Nessa segunda-feira (10) já tinha sido confirmada a morte de um motorista de caminhão que também caiu em uma cratera que se abriu na Rodovia Marechal Rondon, que liga Jundiaí â divisa com o Mato Grosso do Sul.

Segundo a Defesa Civil, em todo o estado, pelo menos 516 pessoas ficaram desalojadas e 142 estão desabrigadas. Os estragos foram maiores no Vale do Ribeira, na região metropolitana da capital paulista, na Baixada Santista e no Alto Tietê. Na cidade de são Paulo, dia foi de limpar a lama e calcular os prejuízos. Depois que a água abaixou, foi possível ver os estragos.

A veterinária Jana Zieterman veio só passar o final de semana na capital paulista, mas viu quando o carro afundou na enchente. No restaurante de João Nunes a água atingiu um metro e meio de altura.

A região fica no encontro dos rio Pinheiros e Tietê e foi uma das mais atingidas pelas chuvas na capital paulista. É a mesma região onde fica a Ceagesp, o maior entreposto de alimentos da América Latina, que  calcula prejuízos nas casa dos R$20 milhões. Sete mil toneladas de alimentos foram perdidas. A previsão é de que o entreposto volte a funcionar na tarde dessa quarta-feira, depois de concluídos os trabalhos de limpeza.

De acordo com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo, as fortes chuvas devem gerar um prejuízo de R$110 milhões para o comércio da região, principalmente na região metropolitana.

Em apenas 11 dias, as chuvas ultrapassaram em 37% a média histórica para o mês de fevereiro. Segundo o Inmet, Instituto Nacional de Meteorologia, choveu neste mês cerca de 342 milímetros, e a média registrada entre 1981 e 2010 ficou em 249 milímetros.

Por: Elaine Gonçalves

EBC