Witzel anuncia volta do funcionamento da estação de água do Guandu
A estação está sem funcionar desde esta segunda-feira, após a Cedae detectar
detergente próximo à área de captação de água.
Rio – O governador Wilson Witzel (PSC) anunciou, na manhã desta terça-feira, que a Estação de Tratamento de Água (ETA) do Rio Guandu, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, retornou suas operações às 8h. A ETA está com as atividades paralisadas desde ontem, após a Cedae detectar detergente próximo à área de captação de água da estação.
“As 13 horas de interrupção foram necessárias para assegurar a qualidade da água. A Cedae vai manter a população informada”, o governador postou, em seu perfil no Twitter.
Witzel disse também que está cobrando da companhia uma solução para o abastecimento de água no Rio e que a companhia “tomou a decisão correta de interromper a captação”.
POLÍCIA NO GUANDU
Policiais da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) estiveram na estação de Guandu menos de 24 horas depois de a Cedae anunciar a paralisação da ETA. Ainda não há informações sobre o motivo da visita dos agentes.
A DDSD já esteve em Guandu em outras duas ocasiões, durante as investigações sobre um possível envolvimento externo na qualidade da água da Cedae. Vários funcionários da companhia, dentre eles o presidente Hélio Cabral, chegaram a ser ouvidos no inquérito aberto pela Polícia Civil.
A crise hídrica que culminou com uma investigação policial começou no início de janeiro, quando moradores da capital e da Baixada começaram a reclamar que a água que chegava às casas deles estava barrenta e com cheiro ruim. Depois da reclamação, a Cedae informou que técnicos da companhia detectaram a presença de geosmina (substância orgânica produzida por algas) na água e que ela não representa nenhum risco à saúde dos consumidores.
Para resolver o problema da geosmina, a companhia passou a usar, desde o dia 23 de janeiro, carvão ativado purificado no tratamento da água da estação de Guandu. A Cedae também começou a despejar argila ionicamente modificada na lagoa próxima à captação de água. A medida é para diminuir a proliferação das algas que liberam a geosmina.
Por O Dia