Autoridades ainda em estado de alerta com possibilidade de rompimento da BR-356 em Campos
Rodovia, que funciona como dique das águas do Muriaé em Três Vendas, está
interditada entre Campos e Cardoso Moreira.
Campos — Prefeitura de Campos, Dnit, Polícia Rodoviária e Defesa Civil continuam a monitorar a situação da BR-356 (Campos-Itaperuna) na altura da localidade de Três Vendas. À medida que os rios da região seguem a tendência de baixa, as atenções se concentram no distrito campista, onde a rodovia funciona como um dique que impede que a água do Rio Muriaé chegue à comunidade. A BR ainda corre risco de rompimento no local, e o trânsito foi interrompido em três pontos, basicamente impedindo a circulação do km 98, em Cardoso Moreira, até o km 120, na Usina de Furnas, na chegada à região metropolitana de Campos.
“Ao longo da manhã (de quarta), foram feitas várias vistorias. As águas estão baixando, o que é um alento, mas a situação ainda oferece risco à população com a possibilidade de rompimento da BR”, disse Felipe Quintanilha, presidente do Instituto Municipal de Trânsito e Transportes (IMTT) de Campos, depois de reunião com o prefeito Rafael Diniz e agentes do Dnit.
Ao fim da tarde, Quintanilha foi a Três Vendas acompanhar o trabalho de reforço de contenção na BR-356, e informou que os homens da Defesa Civil estão de plantão no local, em vigília das condições da estrada.
“Estamos fazendo todo o possível para garantir a segurança da população de Três Vendas. O prefeito Rafael Diniz esteve desde a madrugada na localidade acompanhando os trabalhos realizados”, contou Quintanilha.
Segundo o major Leandro Paiva, da Defesa Civil de Campos, a rodovia não apresenta sinais de rompimento, mas o risco existe. “Veículos grandes e, até mesmo pequenos, devem evitar passar pelo local, pois estamos trabalhando com máquinas pesadas e o tráfego atrapalha o trabalho das equipes”, reforçou.
Como preparação para uma ruptura do asfalto, a prefeitura tem tentado convencer as famílias de Três Vendas a deixar suas casas e buscar abrigo com parentes, conhecidos ou num dos locais disponíveis para os desalojados, como igrejas e escolas. A Secretaria de Desenvolvimento Humano e Social informou ter transportado 38 famílias para outros lugares, mas muitas ainda se recusam a deixar seus lares.
Enquanto isso, os diversos órgãos do governo municipal continuam fornecendo água potável, cestas básicas e outros itens de primeira necessidade aos moradores de Três Vendas.
Por: O Dia