Clarissa condenada a pagar R$ 423 mil de indenização a Luiz Zveiter por conta de processo de calúnia

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O desembargador Luiz Zveiter, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, vem travando uma guerra contra mais um Garotinho, família da qual é antigo desafeto. Zveiter já conseguiu três decisões judiciais, todas da mesma juíza, condenando Clarissa a pagar R$ 423 mil de indenização por danos morais.
Zveiter pede a indenização porque Clarissa insinuou, em uma entrevista de 2017 a Paulo Henrique Amorim, que o desembargador era o responsável pela prisão de seu pai, Anthony Garotinho, e ter dito que o pai denunciou Zveiter à PGR, acusando-o de ter recebido dinheiro da Construtora Delta.
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Na entrevista, Clarissa também afirmou que não era “fácil brigar com um homem tão poderoso como o senhor Luiz Zveiter”.
A Justiça já penhorou R$ 68 mil de Clarissa, que afirma haver uma ilegalidade no caso, já que a penhora foi feita sobre a verba indenizatória paga a ela para arcar com serviços referente a seu mandato como deputada federal.
O caso começou em dezembro de 2017, quando Zveiter pediu à Justiça uma indenização de R$ 100 mil, alegando que Clarissa também o caluniava, a exemplo do pai dela, Anthony Garotinho, por ter citado em uma entrevista uma denúncia que o pai fizera à PGR contra Zveiter.
Numa decisão de setembro de 2018, a juíza Ledir Dias de Araújo, da 13ª Vara Cível do Rio, acatou o pedido de Zveiter e condenou Clarissa a pagar os R$ 100 mil, sob o argumento de que ela não comprovou as acusações — feitas pelo pai dela — contra o desembargador.
Meses depois, em maio deste ano, Zveiter entrou com nova petição, solicitando o aumento do valor a ser recebido, alegando que Clarissa não havia pago o que havia sido determinado pela Justiça e não havia retirado as declarações de suas redes sociais.
O valor total pedido era R$ 1,43 milhão, sendo R$ 1,18 milhão como multa por descumprimento.
A defesa recorreu, argumentando que a deputada retirou o material de suas redes e pediu o cancelamento da multa, o que foi aceito pela Justiça.
Agora em novembro, mais um capítulo: a defesa de Zveiter pediu novo valor, de R$ 423 mil, com base em novos cálculos, valor que foi aceito pela Justiça, sob pena de penhora online de bens.
Em seu último desdobramento, a defesa de Clarissa diz que a deputada não pretende pagar a quantia e que recorrerá da decisão. Ela alega que o valor é “exorbitante” e que não pode ser responsável pela publicação de terceiros sobre os fatos.
O valor da indenização impressiona.
Para efeitos de comparação, o valor milionário é muito maior, por exemplo, os R$ 10 mil aplicados ao hoje presidente Jair Bolsonaro também por danos morais, por ter dito que Maria do Rosário “não merecia ser estuprada”.
Procurado pela coluna, o desembargador Luiz Zveiter afirmou que não comenta decisão da Justiça, mas que pretende continuar com a ação “até o final”.
Fonte: Coluna do Guilherme Amado, Época

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