Sérgio Moro autoriza uso da Força Nacional em terra indígena do MA
O ministério ainda vai definir o número de servidores enviados para a operação.
No domingo, o secretário de Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular em exercício no Maranhão, Jonata
Galvão, afirmou que o governo federal deveria adotar medidas efetivas para proteger os territórios indígenas do
Estado, e não agir apenas após os ataques acontecerem. “São só respostas reativas às barbaridades que têm
acontecido. Queremos saber se o governo federal vai ficar reativo aos atentados ou se vai estruturar uma medida
concreta e agir para combater esses crimes”, disse.
“Não temos medidas efetivas do ponto de vista da proteção no âmbito federal dentro das terras indígenas no Estado
do Maranhão. Os territórios indígenas no Brasil e no Maranhão estão pedindo socorro”, disse Galvão ao Estado.
O caso
No início da tarde de sábado, dois índios da etnia guajajara morreram após atentado a balas às margens da BR-226,
no município de Jenipapo dos Vieiras, no Maranhão, 500 quilômetros ao sul da capital São Luís. Segundo a Funai, os
indígenas foram atingidos por tiros disparados por ocupantes de um veículo Celta, de cor branca e com vidros
espelhados.
Antes, em 1º de novembro, Paulo Paulino Guajajara foi morto em uma emboscada na Terra Indígena Arariboia (MA) quando realizava uma ronda contra invasões.
Repercussão internacional
O caso ganhou projeção internacional. A jovem sueca Greta Thunberg, ativista contra os efeitos das mudanças
climáticas, criticou o ataque e disse que os povos indígenas do Brasil estão sendo atacados por proteger as reservas
naturais. “Os povos indígenas estão sendo literalmente assassinados por tentar proteger as florestas do
desmatamento. Repetidamente. É vergonhoso que o mundo permaneça calado sobre isso”.
Por: msn