Atentado no Maranhão deixa dois índios mortos; Moro fala em enviar Força Nacional

Em nota, a Funai também lamentou as mortes ocorridas na Terra Indígena Cana Brava, próxima da Aldeia El-Betel, e afirmou que enviou equipe à região, assim como fizeram as secretaria de Segurança Pública e de Direitos Humanos do Maranhão. Depois do atentado, como forma de protesto, os indígenas interditaram a rodovia nos dois sentidos e a passagem de veículos ficou bloqueada. Episódios assim têm sido recorrentes na região.

No dia 1º de novembro, Paulo Paulino Guajajara foi morto em uma emboscada na Terra Indígena Arariboia (MA) quando realizava uma ronda contra invasões. Considerado um dos “guardiões da floresta”, era conhecido por ser calado e estrategista.

Há cinco anos que a escalada de violência em terras indígenas do Maranhão levou o Ministério Público Federal (MPF) a pedir na Justiça que as autoridades tomem providências para evitar mais mortes. Atualmente existem ao menos quatro “guardiões” sob ameaça de morte na área e outros 20 em todo o Estado.

O governador Flávio Dino (PCdoB) já criou uma força-tarefa para garantir a segurança dos indígenas e mediar possíveis conflitos. De acordo com o governo estadual, no entanto, para funcionar plenamente a força-tarefa depende da União. Organizados desde 2012 com auxílio da Funai, os “guardiões” são grupos formados pelos próprios índios para proteger suas terras de invasões. Na Aririboia são cerca de cem jovens que patrulham a floresta armados com arcos, flechas e cordas. Armas de fogo são vetadas.

Por: Paulo Beraldo

msn

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