Santa Casa retoma internações e obra do HGG é adiada de novo em Campos

Início dos trabalhos foi anunciado para a última segunda, mas empresa informou  que irá instalar contêineres na sexta

Início dos trabalhos foi anunciado para a última segunda, mas empresa informou que irá instalar contêineres na sexta / Folha da Manhã

A obra de reparação do Centro de Material e Esterilização do Hospital Geral de Gaurus (HGG), em Campos, deve ser iniciada amanhã. Segundo o diretor da unidade, Dante Pinto Lucas, a empresa que tinha previsão para iniciar o procedimento na segunda (02) e depois ontem informou que iria adiar pela terceira vez a instalação dos contêineres. Há cerca de 10 dias, os problemas no telhado da unidade se agravaram, interditando setores e causando a necessidade de transferência de alguns pacientes para hospitais da rede contratualizada. Existe a previsão de pancadas de chuva hoje no município, durante a tarde, e o tempo segue instável até a próxima segunda, segundo o Instituto Nacional de Meteorelogia (INMET). Ontem, após confirmar o recebimento dos R$ 2 milhões repassados pelo governo do Estado e que cobre parte da dívida de repasses da complementação dos serviços do sistema Único de Saúde (SUS), a Santa Casa de Misericórdia e o Hospital Plantadores de Cana (HPC), Hospital Escola Álvaro Alvim (HEAA) e Hospital Beneficência Portuguesa (HBP) receberam R$ 2 milhões, cada. Santa Casa e HPC anunciaram a retomada de alguns serviços que estavam suspensos.

Em entrevista ao Folha no Ar, na última sexta, o diretor da unidade, Dante Pinto, afirmou que seriam realizados, com recursos próprios, reparos para colocar setores que foram interditados no HGG. Inicialmente, foram sete, mas até o momento, apenas dois permaneciam fechados segundo a direção da unidade. “Segunda [02] já começa a montar o canteiro de obras para começar a mexer no CME [Centro de Materiais e Esterilização]. Depois que terminar, ele vai para o centro cirúrgico. A previsão é de até dois meses para essas duas obras ficarem prontas”, disse Dante Pinto na ocasião.
Conforme trouxe o Ponto Final da última sexta, foram as intervenções feitas no teto do HGG, para instalação de ar-condicionado split, no início do governo municipal Rosinha Garotinho, em 2009, que geraram o problema de infiltração de água de chuva no hospital. A coluna confirmou a informação, após o autor do projeto, Victor Aquino, ter dito no programa Folha no Ar que o hospital não teve nenhum problema nos anos iniciais de funcionamento. “Começaram a rasgar essa laje impermeabilizada com dutos para descer o ar-condicionado. A laje virou um queijo-suíço”.
Retomada – A Santa Casa de Misericórdia de Campos voltou a realizar internações de pacientes ontem. O serviço havia sido suspenso na segunda quinzena de novembro após atrasos no repasse da complementação. Na terça, a unidade confirmou o recebimento de R$ 2 milhões da verba disponibilizada pelo governo estadual e R$ 1.690.257,82 que havia sido bloqueado judicialmente. Segundo a direção do hospital, a dívida de julho a setembro foram pagas e os atendimentos de outubro e novembro ainda serão faturados.
Segundo Cléber Glória, diretor da Santa Casa, foi possível pagar algumas dívidas emergenciais e retomar as internações. Os atendimentos ambulatoriais foram reduzidos durante o período, mas não de forma significativa. “Importante também é o fato de que o município retomou o diálogo com as unidades e assim nos sentimos mais confortáveis para realizar os atendimentos. O prefeito Rafael Diniz entrou em contato com a unidade, abrindo um canal de comunicação”, disse.
O diretor do HPC, Frederico Paes anunciou a retomada de serviços e ainda espera contato da Prefeitura. “Retomamos o atendimento, a pediatria, clínica médica e leitos de UTI adulto. O Hospital, quando fechou, estava com 128 pacientes internados, hoje tem pouco mais 90. É um momento pelo menos passageiro de tranquilidade. A gente espera que a Prefeitura continue, com a volta da negociação conosco, até porque quando ela fala em repactuação, em renegociação do futuro, até hoje não sentamos para ter esse tipo de entendimento. O que a prefeitura quer que os hospitais façam ou deixem de fazer? Enquanto ela não fala isso nós vamos atendendo plenamente”.
Folha 1

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