Curso de capacitação / Divulgação-Inea
A capacitação, que começou nessa segunda-feira (11), é ministrada pela Gerência de Operações em Emergências Ambientais (Geopem), do Inea. No treinamento, os participantes aprenderam técnicas de avaliação do cenário emergencial, coordenação de ações para limpeza das praias e destinação ambiental adequada do resíduo recolhido, com atividades práticas na praia do Açu. A capacitação também abordou diferentes tipos de cenários, de acordo com as características de cada praia, além das técnicas que devem ser empregadas para a retirada dos diferentes tipos de resíduos oleosos.
De acordo com o assessor técnico da Geopem e coordenador do treinamento, Ricardo Marcelo, ressaltou a importância da preparação dos municípios para que as equipes possam atuar com rapidez e eficácia:
“Estamos nos preparando para o enfrentamento deste cenário, pois é fundamental que todos saibam o que fazer, e como fazer. A ideia também é que os municípios contribuam com o conhecimento que têm sobre as características e peculiaridades das faixas litorâneas”, disse.
O diretor de Sustentabilidade do Grupo Prumo, empresa que desenvolve o Porto do Açu, Eduardo Kantz, destacou que o apoio e a participação do complexo no treinamento é muito importante: “Uma atuação eficiente depende da cooperação de todos os envolvidos neste encontro”, pontuou.
Na semana passada, o Inea realizou a capacitação de 80 pessoas, entre técnicos da Defesa Civil Estadual, das superintendências, das unidades de conservação e da Gerência de Fauna do próprio órgão ambiental estadual, além de militares do Exército.
A qualificação foi uma ação definida pelo grupo de trabalho especial criado pelo governador Wilson Witzel no dia 24 de outubro, conforme publicação em Diário Oficial do estado, para acompanhamento e vigilância das manchas de óleo na costa brasileira. O grupo é coordenado pela secretária do Ambiente e Sustentabilidade, Ana Lúcia Santoro, e composto por técnicos da Seas e do Inea. O treinamento teve como base as orientações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Mancha – O número de praias, rios, ilhas e mangues atingidos por óleo chegou a 494, segundo balanço divulgado na segunda-feira, 11, pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Ao todo, ao menos 111 municípios de todos os nove Estados do Nordeste e do Espírito Santo foram afetados por fragmentos ou manchas de petróleo cru desde 30 de agosto.
Por Estado, as 299 localidades ainda oleadas se distribuem da seguinte forma: Bahia (136), Sergipe (47), Alagoas (44), Pernambuco (26), Rio Grande do Norte (17), Espírito Santo (14), Ceará (9), Maranhão (3), Paraíba (1) e Piauí (2). O balanço do Ibama diverge do divulgado pela Marinha na mesma data, o qual aponta que “os Estados de CE, RN, PE, SE, PB, MA, PI, PA e AP estão com as praias limpas”.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis confirmou que pelo menos sete praias do Espírito Santo foram afetadas com as manchas de óleo vindas do nordeste brasileiro. Os locais onde foram encontrados fragmentos da mesma substância que atingiu diversas praias nordestinas ficam nos municípios de São Mateus e Linhares, no norte do Espírito Santo.
Segundo o Ibama, em São Mateus foram três praias atingidas: Guriri, Barra Nova e Urussuquara. Já em Linhares, as manchas de óleo chegaram nas praias de Pontal do Ipiranga, Povoação, Degredo e Cacimbas.