Sem cobrar pedágio e reversível, Linha Amarela volta a ficar liberada nesta manhã de quarta-feira no Rio
Agentes chegaram no fim da noite de terça e liberaram passagem de
motoristas, horas após a Câmara aprovar e Crivella sancionar lei que
permite à prefeitura reassumir a via expressa. Em nota, a Lamsa
criticou ação que diz desacatar decisão judicial.
Motoristas que passavam pela Linha Amarela não precisavam pagar pedágio na manhã desta quarta-feira (6). Por volta das 23h desta terça-feira (5), agentes da prefeitura do Rio retiraram as cancelas e interromperam a cobrança nos dois sentidos da via.
A faixa reversível, que vai da saída do pedágio no sentido Ilha do Fundão, também não será montada nesta quarta.
Às 6h50, o trânsito no sentido Jacarepaguá seguia sem retenção. Já no sentido Centro, o trânsito era intenso. Guardas Municipais atuavam na altura do pedágio e e orientavam motoristas.
Esta é a segunda vez em 10 dias que a prefeitura libera o pedágio na vida, que é uma das principais ligações entre as zonas Norte e Oeste da cidade.
Na primeira, no dia 27, funcionários a serviço do prefeito Marcelo Crivella destruíram as cabines, causando um prejuízo de R$ 3 milhões, segundo a Lamsa. Nesta terça, não houve depredação.
A nova ação da prefeitura ocorre no dia em que um projeto de lei que permite que a concessão via seja retomada pelo município foi aprovado na Câmara Municipal, por unanimidade, e logo depois sancionado pelo prefeito.
Agentes da Secretaria Municipal de Transportes, CET-Rio, Rioluz e Comlurb foram acompanhadas por Sebastião Bruno, secretário de Infraestrutura e Habitação. O secretário se recusou a falar com a TV Globo, e a Guarda Municipal fez uma barreira em volta dele para evitar a aproximação da equipe de reportagem.
Lamsa diz que Crivella ‘afronta Poder Judiciário’
A concessionária Lamsa acusa Crivella de “afrontar o Poder Judiciário”. Isto porque a Lamsa conseguiu na Justiça uma liminar impedindo a retomada da via expressa sem que haja um processo administrativo e o pagamento de indenização. Segundo a Lamsa, a liminar se sobrepõe à lei aprovada na Câmara.
“A Lamsa lamenta e repudia de forma veemente a conduta autoritária do prefeito, que, ao invés de cumprir a decisão judicial e apresentar recurso legal, ataca de forma irresponsável e nunca vista na história das relações entre o poder público e a iniciativa privada uma concessão de serviço público legalmente constituída. A concessionária buscará na Justiça a preservação dos seus direitos, violentados mais uma vez pelo prefeito”, diz a nota enviada pela concessionária.
Por G1 Rio e TV Globo