Crise: agentes socioeducativos do Degase em greve por tempo indeterminado  

Os agentes do Departamento Geral de Ações Socioeducativas entraram em greve na madrugada desta terça-feira (5). A decisão pela paralisação foi definida em assembleia na noite da última quinta-feira (31). E, na manhã desta terça, adolescentes da unidade de semiliberdade Criaad Campos iniciaram um tumulto no alojamento, resultando em uma porta quebrada. A Polícia Militar foi acionada para o local. Não houve feridos e evadidos.

De acordo com o Sindicato da Categoria Socioeducativa do Estado do Rio de Janeiro (Sind-Degase), a greve passou a valer à 0h desta terça. Entre os motivos da paralisação, estão o Regime Adicional de Serviço (RAS), porte de armas, concurso público e progressões. O presidente do sindicato, João Rodrigues, afirmou que os agentes não foram atendidos em seus pedidos. “Agora estamos em greve e só paramos quando tivermos as causas atendidas”, declarou.
O Degase possui 25 unidades ao todo, sendo nove em regime fechado e 16 em regime semiaberto. Ainda segundo o sindicato, atualmente, são cerca de 1.500 agentes e uma vacância de 1/4 do quadro efetivo, que necessita de concurso público ou da utilização do quadro de reservas do último concurso.
“A categoria vem lutando por diversas mudanças e melhorias para os servidores que, no início do ano, conseguiram a aprovação da lei que garante porte de arma aos agentes, mas que está travada pela Procuradoria Geral do Estado (PGE). Além disso, o Regime Adicional de Serviço (RAS) já está no Degase há um mês e espera apenas decisão da direção geral para ser implantado. E a categoria já está há cinco anos sem reajuste. Já as progressões, estão paradas e, somente neste semestre, chegam a 100”, informou o site oficial do Sind-Degase.
Sobre a greve, o Degase informou que “garante manter seus serviços essenciais: saúde, alimentação, visitação e apresentação em audiência mediante a ordem judicial. Os serviços serão garantidos com o apoio dos servidores comissionados sob a coordenação dos diretores de cada unidade. Também foi oficiado à Secretaria de Estado da Polícia Militar informando sobre a paralisação, solicitando eventual apoio nos períodos que compreendem o horário de saída dos jovens para audiência e nos períodos de visitação”.
Por: PAULA VIGNERON 
Folha 1

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