As últimas semanas foram marcadas pela solidariedade. Os campistas abraçaram a campanha “Campos, doe esperança. Doe medula” e superaram todas as expectativas dos organizadores. Ao todo, 3.570 pessoas realizaram cadastro no mutirão realizado entre os dias 18 e 19. Depois de tanto esforço, a boa notícia: as professoras campistas Priscila Pixoline Eiras Costa e Patrícia Cristina Lindolpho Campos, ambas de 34 anos, conseguiram doadores 100% compatíveis.
Priscila começou tratamento da leucemia em março e, desde então, estava na fila de espera. Para ela, é uma oportunidade de curar a doença e sua família, que sofreu junto com ela todas as fases.
“Fomos descobrindo aos poucos. Primeiro você é contactado e o médico comentou que tinha um doador. Ele entra em contato com esse doador, que tem que fazer exame confirmatório. E aí saiu que era 100% compatível. Os médicos me alertaram que esse doador pode desistir a qualquer momento. Por mais que a gente exploda de felicidade, temos um pé atrás. Só estou conseguindo comemorar hoje e a ficha vai caindo aos poucos. A minha família está em felicidade plena. É uma emoção sem explicação. Receber sua cura, já que o transplante é única possibilidade de curar. Curar toda minha família junto comigo”, disse.
Já Patrícia foi diagnosticada aos 12 anos com Anemia de Fancone e seguiu controlando a doença até que em junho deste ano ela sofreu com aplasia medular. “Em junho deste ano as taxas baixaram muito e causou uma aplasia medular. A única cura para essa aplasia é pelo transplante de medula. Entrei na fila de espera do transplante, que é muito difícil. As chances são de uma em 100 mil. E agora em outubro tive essa notícia maravilhosa”, comemorou.
As duas se conheceram enquanto estavam na fila de espera pelo transplante e uniram famílias e amigos na corrente de solidariedade que envolveu os campistas. “Nem nos meus melhores sonhos poderia imaginar tudo que aconteceu. A campanha foi abraçada pelos campistas. Parecia que estávamos sendo carregados no colo porque realmente as pessoas se solidarizaram com nossas histórias. Foi lindo, emocionante. O câncer é uma doença dolorosa, me trouxe coisas ruins, é verdade, mas pude conhecer tantas pessoas do bem que se juntaram e parecem da minha família. Um se solidariza com a dor do outro”, declarou Priscila.
Patrícia também agradeceu pela campanha de doação. “Conheci a Priscila através de uma amiga em comum. E essa campanha maravilhosa, incrível, que todos os voluntários fizeram. Nos encheram de esperança e os resultados estão aí. Tenho certeza que mais pessoas conseguirão doadores”, finalizou.
Priscila já segue para o Complexo Hospitalar de Niterói na próxima quarta-feira (30), quando vai ser internada para realizar o transplante. Patrícia ainda aguarda os trâmites para marcar a cirurgia.