Igreja na Zona Sul do Rio usa energia renovável e tem ações para preservar o meio ambiente
A Paróquia São José, na Lagoa, é a primeira
igreja com energia solar do Brasil e a primeira
a usar um sistema híbrido com sol e vento.
Diário do Corcovado
A primeira igreja com energia solar do Brasil. Esse atributo é da Paróquia São José, na Lagoa, Zona Sul do Rio, que tem 56 placas fotovoltaicas na laje em forma de cruz. Com a instalação de um gerador eólico, a igreja também passou a ser a primeira a usar um sistema híbrido com sol e vento.
As placas foram instaladas há três anos e já reduziram em 40% a conta de luz, uma queda de R$ 20 mil por ano. Com o auxílio do gerador, a previsão é haja um aumento da economia de energia de 17%.
Em apenas um ano, a igreja pode deixar de pagar R$ 30 mil de conta de luz.
Os equipamentos foram doados para a igreja. Se fossem comprados no mercado, custariam cerca de R$ 100 mil.
A economia de energia com fontes limpas e renováveis é um dos objetivos da Pastoral do Desenvolvimento Sustentável.
“Ela vem toda fundamentada nos 17 objetivos do desenvolvimento sustentável: água de reuso, a requalificação do espaço. Até mesmo árvore de Natal feita com garrafa pet teremos no final do ano. São inúmeras atividades que nos ajudam a um novo posicionamento, um novo olhar em relação ao meio ambiente, a economia e ao desenvolvimento social”, destacou o padre Omar.
Tampinha plástica e cadeira de rodas
Outra iniciativa da igreja é a separação e recolhimento de tampinhas plásticas descartáveis. O trabalho que começou em janeiro deste ano conta com voluntários que recebem o material em todo o estado.
A pastoral devolve o material para a indústria, que compra cadeiras de rodas para a Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação (ABBR), no Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio.
Cerca de 35 toneladas de tampinhas já foram recolhidas e 86 cadeiras doadas para a instituição.
“A gente levou 11 semanas para conseguir a primeira cadeira de rodas. Eu chorei, todo mundo chorou. Foi uma coisa linda. Agora a gente consegue de seis a oito por semana”, disse Márcia Dabul, voluntária da igreja.
Por André Trigueiro, RJ2