Parecer da CCJ da Alerj manda soltar deputados presos

CCJ da Alerj vota por soltura de Picciani e deputados

Plenário da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj): deputados decidirão sobre soltura de colegas sem ter acesso ao conteúdo do processo (Fábio Motta/Estadão Conteúdo)

Em reunião a portas fechadas, realizada nesta segunda-feira, no Palácio Tiradentes, o relatório pela liberação dos parlamentares foi aprovado por cinco votos a dois. A Justificativa da Alerj para a reunião fechada é que estavam sob análise documentos sigilosos enviados pelo Tribunal Regional Federal da 2ª região.

Além de Luiz Martins (PDT), André Correa (DEM) e Marcus Vinicius Neskau (PTB), o benefício foi estendido também para Marcos Abrahão (Avante) e Chiquinho da Mangueira (PSC). O parecer da Comissão impede, no entanto, que os cinco deputados exerçam seus mandatos, formem gabinete e recebam salário, uma vez que a posse deles  está suspensa por decisão do Tribunal de Justiça.

O assunto entrou na pauta após a ministra Carmen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal definir que cabe à casa legislativa decidir sobre a soltura. Com o parecer aprovado, a CCJ vai protocolar um projeto de resolução que será votado em sessão extraordinária no plenário da Alerj  nesta terça-feira.

Seja qual for a decisão sobre o destino dos deputados estaduais, ela precisará do aval da maioria absoluta dos parlamentares, o que significa ao menos 36 votos. O deputado Luiz Paulo do PSDB, que votou contrário à soltura, avalia que a imagem da casa pode ficar prejudicada se confirmada a liberação em plenário.

Nenhum dos parlamentares da CCJ que votaram favoravelmente à libertação dos colegas presos falou com a imprensa. Os cinco deputados foram para a cadeia, levados pela operação Furna da Onça,  desdobramento da Lava Jato no Rio,  em novembro no ano passado.

Eles são acusados  de corrupção, lavagem de dinheiro, loteamento de cargos públicos e mão de obra terceirizada em órgãos públicos do estado. O  esquema teria sido montado pelo ex-governador Sergio Cabral dentro da ALERJ.

Por: Fabiana Sampaio

EBC

Deixe uma resposta