Cientistas da UFRJ determinam área mais provável de origem do óleo no NE
Simulação de correntes marinhas aponta para região a
mais de 600 km da costa na latitude entre Alagoas e
Sergipe.
O centro da área apontada pelos cientistas fica fora da zona econômica exclusiva do Brasil, em águas internacionais.
— A gente estava interessado em entender a origem desse descarte ou vazamento de óleo — disse Landau ao GLOBO. — A gente já encerrou essa parte da análise, que já foi entregue para a Marinha. Na semana que vem vamos começar a trabalhar em tentar entender como vai ser a dispersão do óleo daqui para frente.
Segundo os pesquisadores, a estimativa da provável origem do vazamento não pode ser rastreada a uma área menor, porque é difícil saber quando exatamente cada mancha chegou em cada praia do Nordeste. As datas oferecidas pelo Ibama são referentes ao momento em que o óleo foi detectado e notificado, não necessariamente ao instante em que cada praia recebeu o material.
— Além disso, existe muita incerteza com relação à trajetória do óleo, porque ele correu abaixo da superfície, o que dificulta muito a analise. — afirma Assad. — Não sabemos quanto tempo esse óleo demorou para “intemperizar”, ou seja, sofrer processos de mudanças da características físico-químicas para entrar abaixo na coluna d’água.
Landau afirma que, em princípio, é possível também tentar estimar quanto tempo durou a liberação do óleo, o que poderia ajudar a responder se o vazamento foi pontual ou gradual.
Por: Rafael Garcia
O GLOBO