Turquia lança seu ataque às forças curdas na Síria nesta Quarta-feira (9)

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan , anunciou via Twitter o início de uma ofensiva para tomar conta da faixa nordeste da Síria.

Ele chamou isso de ‘Primavera da Paz’ . É realizado pelas Forças Armadas turcas, que terão o apoio de um amálgama de brigadas árabes, anteriormente forças de oposição ao governo sírio, recentemente organizado como exército nacional sírio.

Segundo informações no solo, pelo menos 16 projéteis, alguns deles lançados do ar , impactaram ao longo da parte norte da Síria, particularmente nas imediações das cidades fronteiriças de Ras al Ayn e Tel Abyad. Segundo as forças curdas, citadas pela Europa Press, houve vítimas civis após o atentado.

Foto: Portal Vermelho

Como ele havia indicado pelo Twitter Recep Tayyip Erdogan, o objetivo da missão é confiada a ” evitar a criação de um corredor de terror ao longo da nossa fronteira sul , trazendo a paz para a região.” “A operação da Primavera da Paz neutralizará as ameaças terroristas contra a Turquia e levará ao estabelecimento de uma zona segura, facilitando o retorno de refugiados sírios para suas casas”, acrescentou o líder turco em outro tweet.

Segundo fontes locais, a Turquia usou apenas sua artilharia . Não foi relatada penetração da terra, apesar de, nas últimas horas, contingentes árabes terem se visto perto da fronteira da Turcosiria . Presumivelmente, os turcos pretendem começar sua ofensiva entrando nas cidades de Ras al Ayn e Tel Abyad, menores que o resto das aldeias fronteiriças , e que podem levar à divisão do território curdo.

As Forças Democráticas da Síria (SDS), a aliança multiétnica da capitania curda que defende o território da Administração Autônoma do Norte , pediu aos seus aliados até agora uma área de exclusão aérea para parar a Turquia. “Pedimos aos EUA e à coalizão internacional [contra o Estado Islâmico] uma zona de exclusão aérea para interromper os ataques contra pessoas inocentes “, disseram eles, em comunicado divulgado na mídia social.

Foto arquivo: Investing.com

Mustafa Bali, porta-voz da SDS, alertou que aviões de guerra turcos atingiram “áreas civis” no norte da Síria . Conseqüentemente, acrescentou, “houve um grande pânico” entre a população, parte da qual, principalmente o morador próximo à fronteira, começou a se mover nos últimos dias. O Estado islâmico ameaça aparecer no meio do caos . Nesta quarta-feira, ele reivindicou um ataque executado durante a manhã em uma base da inteligência curda em Raqqa.

PONTA DE LANÇA

A SDS é, desde 2015, a ponta de lança da guerra que uma coalizão ocidental, liderada pelos EUA, lançou contra os territórios controlados pelo Estado Islâmico (IS) . Em março passado, o SDS encerrou o SI em sua última fortaleza para, consequentemente, conquistar mais de 70.000 habitantes do pseudocalifato extinto, incluindo milhares de combatentes extremistas de muitos países. Ao mesmo tempo, eles tiveram que lidar com a ameaça de dormir células IS, que periodicamente tentavam na retaguarda.

Após a queda do EI, o presidente dos EUA, Donald Trump, ansioso por cumprir sua promessa eleitoral de retirar as tropas destacadas no Oriente Médio , ameaçou repetidamente fazê-lo na Síria. Ao mesmo tempo, a Turquia aumentou sua pressão sobre seu aliado na OTAN. Ancara vem ameaçando suprimir o chamado “corredor do terror” há anos, já que as SDS são compostas pelo ramo curdo da guerrilha do PKK, em guerra com a Turquia. Nos últimos tempos, instado a ver como os 3,5 milhões de refugiados sírios em seu território se tornaram uma arma eleitoral usada contra eles, Erdogan levou à ONU seu plano de criar uma “zona segura” no norte da Síria, para realocar centenas de milhares de sírios lá.

“As brigas entre vários grupos acontecem há centenas de anos. Os EUA nunca deveriam estar no Oriente Médio . Mudamos cinquenta mil soldados. A Turquia deve assumir os membros do EI capturados que a Europa se recusa a ter de volta. Os estúpidos! guerras sem fim, para nós, estão se esgotando! “, foi o último tweet de Donald Trump, referindo-se à situação. Uma emenda a todas as guerras travadas por seu governo há décadas e que, de uma maneira ou de outra, contribuíram, por exemplo, para a ascensão do Estado Islâmico. Trump parece repentinamente desconsiderar seu ex-aliado que, sob as bombas, o acusa de esfaqueá-lo pelas costas.

Por: El Mundo