Witzel defende política de segurança ao falar pela primeira vez sobre a morte da menina Ágatha
Entrevista coletiva acontece 72 horas após menina ser baleada. Governador afirma que política de segurança aproxima índices de criminalidade de “patamares civilizatórios”
Wilson Witzel afirmou nesta segunda-feira que a política de segurança adotada durante sua gestão está aproximando os índices de criminalidade de ” patamares civilizatórios “. A declaração foi dada durante entrevista coletiva sobre a morte da menina Ágatha , de 8 anos, baleada no Complexo do Alemão na última sexta. O governador só se pronunciou sobre a morte 72h após a menina ser atingida.
– A dor de uma família não se consegue expressar. Eu também sou pai e tenho uma filha de 9 anos. Não posso dizer que sei o tamanho da dor que os pais da menina estão sentindo. Jamais gostaria de passar por um momento como esse. Mas sei que jamais gostaria de passar por um momento como esse. Tem sido difícil ver a dor das famílias que tem seus entes queridos mortos pelo crime organizado. Eu presto minha solidariedade aos pais da menina Ágatha. Que Deus abençoe o anjo que nos deixou – disse o governador.
Witzel afirmou também que tem uma reunião marcada com o ministro da justiça Sergio Moro na próxima quarta-feira para debater a questão da segurança no estado. O encontro já estava marcada antes da morte da menina acontecer.
– A gente não pode, de maneira nenhuma, ligar a morte da menina Ágatha à política de segurança do Rio de Janeiro – afirmou Marcus Vinícius Braga, secretário de Polícia Civil.
Na opinião do secretário, a morte da menina por uma bala perdida não põe em xeque a política adotada pelo governo Witzel.