Número de apreensão de menores na Barra da Tijuca aumentou 135%, diz polícia
De janeiro a setembro, 268 adolescentes foram apreendidos. Número
é duas vezes maior do que índice registrado em todo o ano de 2018,
quando foram registrados 114 caso.
O número de menores infratores detidos pela polícia na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, mais que dobrou em 2019 em relação ao ano passado. O índice representa um aumento de 135% nas apreensões registradas na 16ª DP (Barra da Tijuca).
De janeiro a setembro, 268 adolescentes suspeitos de terem cometido algum tipo de crime foram levados para unidades de médias socioeducativas. O número é duas vezes maior do que o índice registrado em todo o ano de 2018, quando foram registrados 114 casos nos 12 meses.
A delegada responsável pela área, Adriana Belém, disse ao G1 que a maioria dos menores respondem por tráfico, roubo e furto. Segundo ela, grande parte dos jovens apreendidos já tem passagem na polícia.
“Geralmente, os menores apreendidos aqui respondem por tráfico de droga, furto e roubo. Essa é a prática usual, a gente tem muita ocorrência nesse sentido. A maioria deles já tem passagem pela polícia. A gente prende e eles voltam para as ruas. Alguns são até perigosos, agridem, dão facadas. Eles não têm medo de serem detidos”, afirmou a delegada.
Decisão do ministro Edson Fachin motivou antecipação de construção de novas unidades do Degase — Foto: Reprodução/ TV Globo
Reincidência frequente
A reincidência dos adolescentes é uma questão frequente na delegacia. Os menores infratores, geralmente, já passaram por unidades de medidas socioeducativas do Degase.
Em maio, o ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a transferência de menores infratores que estejam em unidades superlotadas de quatro estados – Bahia, Ceará, Pernambuco e Rio de Janeiro – para estabelecimentos mais vazios.
Unidades de cumprimento de medidas socioeducativas estão superlotadas — Foto: Reprodução / TV Globo
Na decisão, Fachin concedeu um habeas corpus coletivo e estipulou ainda que, caso não haja locais de internação mais vazios, os jovens passem a cumprir internação domiciliar.
O ministro atendeu pedidos feitos pelas Defensorias Públicas nos estados para ampliação de uma decisão tomada em agosto do ano passado, quando deu a mesma decisão para jovens internados em Linhares, no Espírito Santo.
No Rio de Janeiro, são 2.046 adolescentes internados do sexo masculino para uma capacidade real de 1.613 vagas em 25 unidades fechadas no estado.