Emergência do HGG recebe reforma para resolver problemas no atendimento a população
Foram iniciadas, nesta terça-feira (17), as obras para melhorias na área de Emergência do Hospital Geral de Guarus (HGG). Serão realizadas, neste primeiro momento, reformas em determinadas alas, como a de hidratação, e construção de novos espaços, como a sala destinada a pacientes em quadro de parada cardiorrespiratória e uma unidade de isolamento para doenças infectocontagiosas, com 20 leitos. Durante o período de intervenção na Emergência, que deve durar cerca de 30 dias, o hospital não receberá pessoas com quadros clínicos considerados menos graves. Elas serão encaminhadas às unidades pré-hospitalares de Guarus, Saldanha Marinho e São José e, também, à Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Outras melhorias serão realizadas no HGG ainda neste ano.
Entre as reformas que serão feitas inicialmente, além das salas de hidratação e de parada cardiorrespiratória e o isolamento, estão a ampliação do número de ambulatórios (que subirá de um para dois), a sala de eletrocardiograma e um espaço destinado aos intervalos dos funcionários, para descanso e alimentação. Para o diretor do Hospital Geral de Guarus, Dante Pinto Lucas, a área de parada cardiorrespiratória será uma das mais importantes para a unidade.
— Nós vamos ter uma sala específica para isso. E é importante porque eu tenho todo o suporte em volta, o pessoal preparado para aquilo e um espaço. Hoje, esse atendimento está sendo feito na nossa sala laranja, na nossa sala vermelha. Normalmente, eu estou com a laranja cheia. O suporte lá tem seis leitos, e, se eu for lá agora, tenho oito doentes. Aí, tenho que fazer esse atendimento da parada no meio desses pacientes. Isso é ruim, porque você não tem espaço e tem toda dificuldade para mexer. Faz, mas não é ideal.
Dante explicou que o hospital foi criado para dar suporte ao atendimento ambulatorial. Com o passar dos anos e o crescimento da demanda da região, principalmente com o advento do Porto do Açu, o Hospital Ferreira Machado (HFM) ficou, de acordo com Dante, pequeno para atendimento a emergências de trauma e clínica. Devido a essas questões, houve uma adaptação no HGG para que parte dos atendimentos de emergência pediátrica, clínica e cirúrgica branca (infecciosas) fosse feito no local.
— No primeiro momento, isso até deu certo, só que a população foi crescendo e o suporte acabou vindo todo para cá, além dos três municípios que a gente atende: São Francisco, São João da Barra e São Fidélis. A gente também atende acidentes na estrada e outros municípios da região, que estão com referência para Itaperuna e outros lugares, mas, por opção deles, trazem os pacientes para cá. Isso cresceu muito a nossa demanda, e o pronto-socorro ficou pequeno. Ficou uma quantidade de pacientes no corredor. Aí, nós precisamos refazer esse fluxo. Então, ao mesmo tempo em que estamos fazendo a obra no HGG, para melhorar as condições de atendimento para emergência da nossa região, também estamos reorganizando o fluxo.
Para melhorar esse fluxo, Dante explicou que, nessa segunda-feira (16), o secretário de Saúde, Abdu Neme, se reuniu com os secretários dos três municípios para debater o assunto. O diretor afirmou que, caso as cidades optem por continuar a enviar pacientes para o Hospital Geral de Guarus, os recursos financeiros referentes a estes pacientes devem ser direcionados para Campos. “Eles não podem colocar o recurso em Itaperuna e mandar os doentes para cá”, ressaltou, destacando que sugeriu ao secretário uma nova reunião com representantes da Saúde de outros municípios da região.
— Tudo isso vai facilitar o fluxo interno do hospital. Com isso, eu melhoro a condição para os profissionais atenderem e, por conseguinte, a gente consegue dar o melhor atendimento à população — afirmou Dante.
Por: Paula Vignerom