Tite explica Neymar no banco em derrota do Brasil: ‘Temos que saber jogar sem as pilastras técnicas’
Atacante começou a partida diante do Peru, na
madrugada desta quarta, entre os reservas, entrando
somente no segundo tempo. Técnico da Seleção
também detonou gramado.
Tite abraça Neymar (Foto: Paula Mascára/Lance!)
Diante do Peru, o Brasil jogou o primeiro tempo com um time alternativo na madrugada desta quarta-feira. Sem Neymar, Daniel Alves e outros dos principais jogadores do elenco, a Seleção Brasileira acabou sendo derrotada no amistoso. No caso de Neymar, a entrada em campo aconteceu somente com a bola rolando no segundo tempo. Ao ser questionado, o técnico Tite explicou. De acordo com o comandante, a Seleção precisa aprender jogar sem os melhores jogadores tecnicamente.
– Foi Neymar, foi Dani, foi Thiago, foi Arthur. Temos que saber jogar sem as pilastras técnicas da equipe, as pilastras de liderança, de capitania, de liderança comportamental. Eu não consigo tirar conclusões sem botar para jogar. Temos que responder enquanto equipe também. Mas teve (uma condição física), sim – afirmou o treinador em entrevista coletiva após a partida.
Outro ponto abordado por Tite durante a coletiva foi o estado do gramado – também criticado pelos jogadores na saída de campo e na zona mista. O amistoso do Brasil diante do Peru foi disputado no Memorial Coliseu, em Los Angeles, nos Estados Unidos, estádio de futebol americano, adaptado nesta quarta para um jogo de futebol. O técnico da Seleção Brasileira detonou o estádio, afirmando não ser possível jogar futebol de alto nível nestas condições. Ele ainda
– Está errado, o gramado influencia no desempenho, não pode acontecer. Corre risco de lesão. Não é desculpa da derrota, não quero colocar isso. Não peguem só uma parte do que estou dizendo. Tem que matar no peito, assumir a derrota. O adversário montou estratégia e ganhou. Mas futebol de alto nível não pode acontecer. Está ligado também à Argentina e Chile (jogaram na semana passada no mesmo estádio). Não pode ter campo nessas condições. Vai ter escanteio, vai ter contato com adversário e vai parar na arquibancada – comentou o treinador, completando:
– As pessoas responsáveis, a empresa, também tenho minha responsabilidade, antes conversei com Juninho (diretor de Seleções da CBF). A Pitch (empresa organizadora) precisa cuidar disso, sim. Tem que ter um campo melhor para jogar. Não pode ter um campo desse, não dá para ter um espetáculo num gramado desse. Dá para jogar soccer, dá para jogar de tênis. A gente teve três primeiras bolas que fomos inverter, foram três bolas longas porque não teve precisão. Não é desculpa para a derrota, porque foi para os dois. Mas que um busca mais jogar e outro busca contato, tem uma diferença.
O Brasil volta a campo ainda neste ano para mais amistosos em Datas Fifa. Estão programados dois para outubro, entre os dias 7 e 15, e dois para novembro, entre 11 e 19. Os adversários e locais destas quatro partidas antes do fim de 2019 ainda não foram confirmados pela Confederação Brasileira de Futebol.
Por: Lance