ONG de Marina é financiada por dono da Natura e herdeira do Itaú

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Brasil 247

Instituto Democracia e Sustentabilidade foi espaço

para debater agenda de gestão da candidata do PSB.


Guilherme Leal, vice na chapa de Marina Silva: financiador da ONG
Foto: Eliária Andrade / O Globo
Guilherme Leal, vice na chapa de Marina Silva: financiador da ONG Foto: Eliária Andrade / O Globo

SÃO PAULO – Espaço de fomento do projeto que culminou na candidatura de Marina Silva à Presidência, o Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS) recebeu R$ 7 milhões em doações de pessoas físicas e jurídicas desde 2010. Os principais doadores para a ONG foram dois associados, o dono da Natura, Guilherme Leal, e a educadora e herdeira do banco Itaú, Maria Alice Setubal, a Neca, de acordo com informações da ex-secretária-executiva da entidade, Alexandra Reschke.

Doações de pessoas físicas à entidade somaram R$ 3,3 milhões no mesmo período. Segundo o atual presidente do IDS, João Paulo Capobianco, outros associados também fizeram doações, mas os valores não foram informados. Em 2013, uma fundação internacional doou R$ 201 mil à entidade. O nome não foi divulgado em função de cláusula de confidencialidade.

Neca Setubal, herdeira do Itaú Foto: ELIARIA ANDRADE / Agência O Globo
Neca Setubal, herdeira do Itaú Foto: ELIARIA ANDRADE / Agência O Globo

O IDS foi fundado por Marina e um grupo de colaboradores em São Paulo, em 2009, mas teve as atividades iniciadas em 2010, ano em que ela concorreu à Presidência pela primeira vez. Após a derrota, o esforço de Marina para aprofundar o debate sobre gestão e sustentabilidade passou a ser canalizado no instituto, apesar da desvinculação com partidos. Dos 37 associados do IDS, 35 colaboraram com o atual programa de governo de Marina, segundo o PSB.

Entre as duas eleições, a entidade promoveu encontros com aproximadamente 120 especialistas e representantes de diferentes setores em torno da agenda atualmente defendida por Marina. Estudos também foram elaborados. De acordo com Reschke, que esteve na entidade entre 2011 e 2013, a partir do fim de 2012 o foco mudou:

— Quando Marina decidiu criar um partido, houve alinhamento claro do IDS com o projeto e o plano de criar uma plataforma de governo — afirma.

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