Dona do Porto do Açu crê na retomada do petróleo no país

Há seis anos no controle da Prumo Logística, dona do porto do Açu, idealizado por Eike Batista em São João da Barra (RJ), a EIG Global Energy considera que o seu principal investimento no Brasil entra em um novo ciclo.

Essa transição tem duas fases. A primeira, desde 2013 até o momento, é marcada por investimentos de US$ 1,3 bilhão (R$ 5 bilhões) feitos pela empresa americana para desenvolver infraestrutura e criar um ‘hub’ de energia no Açu, que se voltou ao atendimento da indústria de petróleo e gás.
A segunda etapa, a partir de agora, busca colher os resultados de projetos que, uma vez desenvolvidos à base de investimentos maciços, se tornaram operacionais e vêm gerando receitas crescentes no terminal.
— Ninguém pode nos acusar de falta de convicção no projeto [do Açu] —, disse Blair Thomas, presidente da EIG.
A afirmação é uma referência ao fato de os primeiros anos da empresa à frente da Prumo terem coincidido com a recessão econômica do Brasil e com o “colapso” nos preços do petróleo. A EIG detém 76% da Prumo e os outros 24% pertencem à Mubadala, de Abu Dhabi.
A EIG assumiu a Prumo em 2013 no ague da crise do grupo EBX e no ano passado concluiu uma operação de fechamento de capital, deslistando a empresa da bolsa. Sob o comando da EIG, a Prumo focou o Açu no petróleo e gás, diferente da ideia original de Eike que previa a instalação de siderúrgicas e até de fábrica de automóveis no local. No Açu, a ideia é concentrar esforços na captura de novos clientes e negócios, conclui Thomas.
(A.N.)
Folha 1

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