Correntista não consegue entrar em banco e quebra porta giratória do ITAÚ no centro de Campos

Um correntista quebrou a porta de uma agência bancária, no Centro, na tarde desta quinta-feira (29), depois de ter sido impedido de entrar por um segurança, que se recusou a revistá-lo. Paulo Ricardo Silva Pinto, de 30 anos, disse que a porta giratória travava, mesmo ele tendo retirado dos bolsos todos os materiais de metal. Enfurecido com a conduta do segurança, que o impedia de encontrar a esposa dentro da agência, ele forçou a entrada e acabou estilhaçando a porta de vidro. A Polícia Militar foi acionada.
A mulher entrou e recolheu o celular, mas ele não teve o mesmo sucesso. A gerente do banco teria informado a esposa de Ricardo, dentro da agência, de que o segurança pode destravar a porta nesses casos, o que segundo Ricardo, não aconteceu.
 — Eu simplesmente fui tentar adentrar ao banco, botei tudo que eu tinha de metal na portinha central, mas não destravou. O segurança disse que ainda tinha alguma coisa comigo, mas não tinha. Minha esposa tinha entrado e a porta já havia travado com ela uma vez e ela voltou, destravou e nem verificou (o segurança) a bolsa dela. Isso porque ela é branca, loura e eu sou ‘negão’. Tentei entrar novamente, a porta travou umas 10 vezes, e o segurança falando que eu estava com algum equipamento eletrônico, mas não estava. Ele continuou repetindo isso. Eu já sou diabético, me estresso fácil, mandei ele sair para me revistar e ele não saiu. A porta ficou travando, travando e acabei forçando a entrada e quebrando a porta — contou o cliente do banco.
A confusão começou por volta das 15h30 e, a agência foi fechada, inclusive para saques no caixa eletrônico. Às 17h, Ricardo foi informado de que a agência não registraria queixa e somente anotaria uma ocorrência em sua conta bancária. O correntista, no entanto, afirmou que solicitaria as imagens da câmera de segurança do banco, para confirmar o mau funcionamento da porta. Uma guarnição da PM também aguardava o posicionamento do banco.
O banco preferiu não prestar queixa contra o correntista, abrindo apenas uma ação interna, junto ao setor jurídico para avaliar o caso e a conduta de Ricardo e do segurança. Ricardo chegou a ir na 134ª Delegacia de Polícia (Centro), mas foi orientado a procurar um advogado, caso deseje alguma reparação cível da agência.
ARNALDO NETO E CATARINE BARRETO 
Folha 1

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