Novidades para os usuários do transporte público. O aplicativo MobiCampos, que já possibilita aos campistas acompanharem, em tempo real, o deslocamento dos coletivos em todo o município, agora será integrado ao sistema de monitoramento do Centro de Segurança Pública (Cisp). A medida, além de possibilitar um controle maior da prefeitura sobre a prestação do serviço, ajudará na prevenção de acidentes e até crimes praticados dentro dos veículos do novo sistema de transporte, proporcionando mais segurança aos usuários. Também há previsão, para o segundo semestre, da implementação do “botão do pânico” no aplicativo e a instalação de câmeras em ônibus e vans. A integração dos sistemas de mobilidade urbana e segurança pública e as novas funcionalidades do MobiCampos foram anunciadas pelo presidente do Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT), Felipe Quintanilha, e o secretário de Segurança Pública de Campos, Darcileu Amaral, nesta sexta-feira (2), quando equipes Cisp e do IMTT passaram por treinamento para o monitoramento. O professor que ajudou alunos do IFF no desenvolvimento do aplicativo, Ítalo Matias, também acompanhou a capacitação para as funções do sistema operacional de controle do Mobi Campos, que terá todo sua base de dados funcionando no Cisp, que já conta com a presença das forças da segurança pública, como a Polícia Militar.
– Em tempo real, poderemos monitorar todos os veículos do transporte público. Teremos todos os contatos e a geolocalização dos ônibus. Se por exemplo, um coletivo sai da rota, a gente já busca descobrir o que está acontecendo, porque pode ser o caso de um assalto. Assim, já acionamos a polícia e aplicamos os procedimentos para deter o crime. Com a integração, os resultados serão melhores para a segurança dos que utilizam o transporte público – declarou Amaral.
O presidente do IMTT anuncia mais uma funcionalidade, o “botão do pânico”. “O passageiro, que conta com nova tecnologia, terá mais essa funcionalidade, só disponibilizada atualmente em Fortaleza. Existe até uma lei para a implantação de um botão físico nos veículos, mas o nosso será direto no MobiCampos, onde os usuários terão um espaço para digitar o texto, informando o problema verificado. A ideia do botão do pânico era mais direcionada aos casos de assédios, mas, com o nosso aplicativo, além de informar delitos ocorrendo dentro do veículo, o passageiro pode até relatar um crime sendo praticado na rua, um acidente”, explicou Quintanilha, adiantando que, para contar com a nova função, os usuários deverão passar por um cadastro.
Quintanilha anunciou, ainda, o projeto para instalação de câmaras na parte externa e no interior de coletivos. “Além de inibir crimes, como furtos a coletivos, será possível acompanhar a conduta de motoristas, de passageiros. O objetivo é conseguir desenvolver o projeto através de parcerias com empresas do setor de transporte, que são as mais prejudicadas com esses tipo de ocorrências, e do setor de vigilância, monitoramento por câmeras, para não haver custos para a municipalidade. Ainda não temos tecnologia para que essas imagens sejam repassadas ao Cisp em tempo real, mas será possível acessar as imagens, aumentando a segurança. O plano é implantar no segundo semestre deste ano, ainda que em forma de projeto-piloto, 30% da frota, ou com um ou dois veículos de cada linha”, detalhou.
O presidente do IMTT analisa como “muito positivo” o novo modelo do transporte público em Campos. “Estamos promovendo a maior mudança estrutural verificada em um setor, no município, dos últimos 10 anos. Não se trata de um programa político deste governo, mas de um programa de estado, com toda a reestruturação do transporte e melhoria da mobilidade urbana, que já podem ser sentidas. Estamos nos primeiros passos para a reorganização, mas o impacto, a melhoria no fluxo de veículos no sistema viário, somente com menos 250 vans rodando na área central, já são vistos a olho nu”.
Quintanilha também informou que, mesmo com as vans passando a integrar o sistema alimentador, os coletivos continuarão circulando nos distritos, para não haver problemas. “Serão cerca de 500 vans nos distritos, mas os ônibus continuarão, em quantidade menor, fazendo as linhas. É preciso explicar que o novo modelo não é de baldeação, o passageiro não vai pegar um veículo, descer em um ponto para subir em outro para terminar o percurso. O sistema é de integração e não mais o antigo barro-centro e centro-bairro. Campos tem vários centros e o passageiro, pagando uma só passagem, poderá se deslocar para diferentes pontos. Por exemplo: a pessoa vem de Farol, desce no ponto de integração no Bela Vista e pode pegar um ônibus direto para Nova Brasília, sem ter de descer no Centro. É todo um novo conceito, um conceito diferente de transporte público. Vai dar muito trabalho, mas além do usuário, ganham os permissionários de vans, que, antes, sequer tinham contrato, que dirá de licitação para um serviço por 10 anos, podendo ser prorrogado por mais 10”, concluiu Quintanilha.
Por: VERÔNICA NASCIMENTO
Folha 1
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