Delegada encerra investigações sobre caso Neymar e decide por não indiciar o atleta

O inquérito policial foi aberto após boletim de ocorrência realizado no dia 31 de maio por Najila, que contou à delegada que conheceu Neymar por meio de uma rede social e depois de dois meses trocando mensagens, Neymar a convidou para ir a Paris para uma visita, com passagens e estadia pagas. Najila chegou em 15 de maio e à noite do mesmo dia o jogador esteve no quarto dela.

Najila disse que o jogador estava alterado e a forçou a ter relações sexuais, sem usar preservativo, o que Neymar desmente. No dia seguinte, Neymar esteve no mesmo quarto e foi agredido por Najila. A modelo gravou o encontro e alegou que buscava uma prova de que se encontrara com o atleta. Sobre os tapas que deu em Neymar, visíveis em vídeo que vazou durante as investigações, ela disse estar revidando as agressões sofridas no dia anterior.

Segundo a delegada, ao longo da investigação Najila foi ouvida três vezes e Neymar uma vez, além de 12 testemunhas relacionadas ao caso. Entre as provas juntadas ao processo estão o laudo sexológico, o exame de corpo de delito indireto, a ficha de atendimento médico do Hospital Pérola Byington, a ficha de atendimento médico da consulta com o ginecologista particular de Najila em 24 de maio, o laudo do celular de Najila e laudo do tablet do filho da modelo, que foi entregue pelo ex-companheiro da modelo Najila.

“Deliberei por não indiciar o investigado (Neymar) por ausência de elementos para tanto. As imagens do hotel de Paris não chegaram até os autos, mas em razão de todo o conjunto probatório verifiquei que essas não se tratavam de prova imprescindível ao inquérito. O não indiciamento não impede o prosseguimento da persecução penal, que depende do Ministério Público”, disse Bussacos.

De acordo com a Delegada do 11º Distrito Policial, Monique Patrícia Ferreira Lima, que investiga o arrombamento do apartamento de Najila e o roubo do tablet no qual estaria o vídeo que comprova o estupro, foi aberto um inquérito policial que investiga o crime contra o patrimônio. Ainda há uma outra investigação com relação a extorsão e denúncia caluniosa. Ambos os processos estão protegidos por segredo de Justiça.

“Por isso é prematuro dar algum detalhe da investigação ou mencionar qual seria a responsabilização das partes envolvidas. Nós vamos ouvir as partes envolvidas para apurar se houve denunciação caluniosa ou não”, disse Monique.

A reportagem tentou falar com o advogado de Najila Trindade, Cosme Araújo dos Santos, mas não conseguiu contato. O mesmo aconteceu com assessores e advogada de Neymar.

Por Flávia Albuquerque – Repórter da Agência Brasil  São Paulo

EBC

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