A PRF, informa que é registrado um assalto a cada 12 horas na Niterói-Manilha, RJ

Motoristas reclamam da violência na Rodovia Niterói-Manilha

Motoristas reclamam da violência na Rodovia Niterói-Manilha

De janeiro a maio deste ano, a Polícia Rodoviária Federal registrou 379 roubos na Rodovia Niterói-Manilha (BR-101) – média de dois por dia, ou um a cada 12 horas.

Na quarta-feira (24) à noite, um motorista foi baleado numa tentativa de assalto e perdeu a visão em um dos olhos.

A via é um dos principais acessos à Região dos Lagos e parte da Região Serrana do RJ.

Ao percorrer a rodovia no início da manhã desta sexta-feira (26), a equipe do Bom Dia Rio viu duas viaturas da PM e uma equipe da Polícia Rodoviária Federal fazendo patrulhamento na pista sentido Niterói. No sentido Manilha, não foi avistado policiamento. Vários trechos da rodovia estão sem iluminação.

Por volta das 7h, já havia mais patrulhamento dos dois lados da rodovia. Na altura do Gradim, em São Gonçalo, na Região Metropolitana, policiais militares chegaram a abordar um taxista.

De acordo com a PRF, há olheiros ao longo da BR-101, que avisam sobre a movimentação da polícia na via. Os horários nos quais os assaltos são mais frequentes são principalmente, por volta das 20h, no fim da noite e no início da madrugada.

Baleado na cabeça

Na quarta-feira, o designer de interiores Ananias Coelho foi atingido por um tiro na cabeça, que o fez perder a visão. Ele está internado no Hospital Alberto Torres, em São Gonçalo, na Região Metropolitana. Segundo o hospital, ele não corre risco e já conseguiu conversar com a mulher.

O carro da vítima está no pátio do hospital. Alvo de cinco tiros, ele está com os vidros laterais do motorista e do carona estilhaçados. Ele seguia pela pista sentido Manilha, quando foi abordado pelos criminosos.

O caminhoneiro Paulo Gonçalves diz que trafega na rodovia com frequência, com muito medo.

“A gente está inseguro em tudo na vida, né? A gente só sabe que vai sair, não sabe até onde vai chegar. Esse é o problema. Tem assalto e é difícil eles (os policiais) chegarem na hora. Sempre acontece e eles chegam depois”, reclamou o caminhoneiro.

Por Lívia Torres, Bom Dia Rio

G1

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