PF combate práticas ilegais de câmbio em agências de turismo de Foz

Duas agências de turismo são investigadas pela Operação Valuta. Mesmo tendo autorização para operarem no mercado como correspondentes cambiais, elas não registravam no sistema oficial do Banco Central (BC) as operações que faziam.

As investigações demonstraram que as empresas, em regra, após receber a moeda trazida pelo cliente, apenas entregavam o contra valor na moeda desejada. Segundo a PF, além do usuário do serviço não ser identificado, essa operação não era registrada e nem transmitida ao BC.

“Consequentemente, sem o registro no órgão oficial, as instituições mantinham um controle paralelo de contabilidade, em desobediência à legislação de regência e sem o recolhimento dos tributos devidos”. A movimentação bancária de uma das empresas investigadas foi de aproximadamente R$ 50 milhões durante o período investigado.

Foram cumpridas em endereços dos investigados, em Foz do Iguaçu, sete ordens judiciais, expedidas pela 13ª Vara Federal de Curitiba. Eles responderão, inicialmente, pelos crimes de gestão temerária e realização de contabilidade paralela (caixa dois), ambos previstos na Lei 7.492/86.

“A operação foi batizada de Valuta, que significa moeda no idioma italiano, mesma origem do sobrenome de um dos investigados”, informou a PF.

Por Aécio Amado  Brasília

EBC

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