Naufrágio de barco perto da Tunísia deixa 81 migrantes desaparecidos
Há um aumento de mortes no litoral da Líbia e Tunísia; ONGs que ajudavam em resgates foram proibidas por alguns países.
Foto de 2018 mostra resgate de uma mulher de Camarões que sobreviveu a um naufrágio no Mar Mediterrâneo — Foto: Pau Barrena/AFP
O navio havia partido dois dias antes da cidade de Zuara, na Líbia. Ele estava à deriva, e foi localizado por um barco de pescadores. Foram eles que alertaram a Guarda Costeira.
Três pessoas foram resgatadas e enviadas a um hospital, mas uma delas morreu, de acordo com Chamseddine Marzoug, membro do Crescente Vermelho.
Local é rota de pessoas que tentam atravessar Mediterrâneo
O litoral entre Trípoli (capital da Líbia) e a fronteira com a Tunísia se transformou, nos últimos dois anos, no principal reduto de máfias que traficam seres humanos, apesar da presença de embarcações patrulheiras europeias.
Segundo números da Organização Internacional para as Migrações (OIM), 597 imigrantes morreram no mar enquanto tentavam chegar à Europa desde o início de 2019.
Só na “rota central”, que parte da Líbia e é considerada uma das mais mortais do mundo, 343 faleceram.
O número de mortes nos seis primeiros meses deste ano é quase tão grande quanto o do ano passado inteiro (620).
Em 2019, algumas das ONGs que ajudam em resgates foram proibidas por alguns países.
De acordo com a OIM, 27.834 migrantes chegaram à Europa de forma irregular pelas três rotas principais nos primeiros seis meses do ano, uma queda de 35% em relação ao mesmo período de 2018.
Por Agência EFE