Mãe de vítima e dois homens participam de reconstituição de homicídio ocorrido em Travessão na cidade de Campos CAMILLA SILVA
As três últimas pessoas que viram a adolescente Jéssica Cordeiro de Freitas, de 13 anos, antes de ela ser assassinada na madrugada do dia 27 de maio, participaram de uma reconstituição realizada pela Polícia Civil durante a noite desta terça-feira (2). A mãe, o padrasto e um amigo dele, os dois últimos presos temporariamente há cerca de duas semanas, tiveram que contar suas versões sobre o dia do crime, ocorrido na casa da vítima, que fica em uma região com poucas residências, próximo à localidade Escova Macaco, em Travessão. Também foi ouvido pela polícia o irmão da vítima, de apenas 8 anos, que estava no local no momento do homicídio. O Conselho Tutelar acompanhou o procedimento, que foi comandado pelo titular da 146ª Delegacia de Polícia (Guarus), Pedro Emílio Braga.
A Polícia Civil realizou a diligência no horário noturno para verificar a afirmação sobre questões de visibilidade, já que é uma área sem iluminação pública. Como em um depoimento inicial, a mãe da vítima alegou que gritou para pedir socorro, foram feitos testes sobre a possibilidade de ouvir o som na distância alegada pelas partes.
Durante a diligência, os suspeitos descreveram o trajeto que foi realizado por eles no dia do crime. Em alguns momentos, eles foram acompanhados por moradores do bairro que manifestaram revolta sobre o caso.
Crime – Jessica estava na residência com um irmão de oito anos e uma irmã de dois, e foi encontrada amordaçada e morta. A mãe da vítima disse à polícia, no dia do crime, que saiu de casa para chamar o companheiro, que estava em uma casa da vizinhança, e quando retornaram, eles ouviram gritos e viram uma pessoa pulando o muro da casa.
No dia 18 de junho, foram cumpridos mandados de prisão temporária contra duas pessoas. De acordo com a Polícia Civil, os suspeitos estavam dentro de casa, um deles nas casinhas populares e outro na localidade de Arraial, no distrito. A dupla já havia sido conduzida à delegacia, na semana do crime, e, segundo os agentes, durante os depoimentos prestados eles negam o envolvimento no crime, mas entraram em contradições ao informarem, por exemplo, onde estavam e o que faziam no momento do assassinato.
Ainda segundo a polícia, as investigações apontaram que os suspeitos estiveram próximo à residência da vítima e diante das contradições apresentadas foi deflagrada a prisão temporária de 30 dias, período em que a polícia irá investigar a participação deles no crime ou o envolvimento de outros suspeitos.
Por: Camilla Silva
Folha 1