Site divulga mensagens atribuídas a Moro e Dallagnol; ministro e força-tarefa da Lava Jato respondem

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Foto montagem: UOL

Em nota, Moro lamentou a invasão de celulares de procuradores e disse que não foi procurado pela reportagem. Afirmou que não há anormalidade ou direcionamento em sua atuação enquanto magistrado e acrescentou que as mensagens que aparecem no texto foram tiradas de contexto.

Já Dallagnol disse, pelo Twitter, que os procuradores da Lava Jato não vão se dobrar à invasão imoral e ilegal, à extorsão ou à tentativa de expor e deturpar suas vidas pessoais e profissionais.

O Ministério Público, por meio de nota, informou que, dentre as informações, adquiridas por meio da invasão dos telefones e aplicativos, estão documentos e dados sobre estratégias e investigações em andamento e sobre rotinas pessoais e de segurança dos integrantes da força-tarefa e de suas famílias. O MP ainda lembrou que, conversas sem o devido contexto, podem dar margem a interpretações equivocadas.

O site The Intercept foi fundado pelo jornalista norte-americano e ex-advogado Glenn Greenwald. Ele foi o primeiro a divulgar, em 2013, em seu blog, os arquivos que o ex-consultor da Agência Nacional de Inteligência, dos Estados Unidos, Edward Snowden vazou para revelar um esquema de monitoramento de telecomunicações conduzido, em segredo, pelas autoridades americanas. Na época, foi revelado que altos executivos e políticos de várias partes do mundo eram monitorados.

Em texto que acompanha a publicação das três reportagens divulgadas no domingo, o Intercept Brasil sustenta que o teor das mensagens indica “comportamentos antiéticos e transgressões que o Brasil e o mundo têm o direito de conhecer.” Segundo o site, são “discussões internas e atitudes altamente controversas, politizadas e legalmente duvidosas da força-tarefa da Lava Jato.”

O vice-presidente Hamilton Mourão se manifestou a respeito da reportagem. Ele disse que não viu “nada de mais” nas conversas atribuídas ao ministro Sergio Moro, quando atuava como juiz federal, e a membros da força-tarefa da Operação Lava Jato. Para Mourão, os processos da Lava Jato não devem ser questionados, pois já passaram pela primeira e segunda instâncias. O vice-presidente avaliou ainda que as conversas foram divulgadas fora do seu contexto original.

Por: Lana Cristina

*Com informações da equipe de Jornalismo da Rádio Nacional e da Agência Brasil

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