Justiça liberta amigo de Ronnie Lessa que tinha peças de armas em casa
Na decisão em que concedeu a liberdade provisória, a juíza da 40ª Vara Criminal do Rio, Alessandra Bilac, acolheu o parecer favorável do Ministério Público após ouvir as informações prestadas pelos policiais que participaram da prisão e o depoimento dos réus. Os policiais disseram que Alexandre apontou o local onde as caixas lacradas estavam guardadas e que ele demonstrou surpresa e desespero com o que havia dentro delas. Alexandre mora sozinho com um irmão deficiente mental, sendo ele o responsável por cuidar do irmão.
Audiência de sete horas
A audiência, realizada por videoconferência na tarde de hoje (6) , durou quase sete horas. Denunciados por posse ilegal de arma de fogo, Alexandre foi interrogado no Fórum Central do Rio, enquanto Ronnie Lessa acompanhou tudo de uma sala de videoconferência no Presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, onde está com a prisão preventiva decretada.
Alexandre disse que todo o material pertencia a Lessa, que apenas lhe pedira para guardá-lo em sua casa. Já o sargento reformado da PM afirmou que as peças encontradas na casa de Alexandre eram itens de airsoft – jogo em que os participantes utilizam arma de pressão. Segundo ele, as caixas estavam lacradas e Alexandre – seu amigo há 30 anos – não sabia o que tinha nelas.
Após revogar a prisão de Alexandre e determinar a expedição do alvará de soltura, a juíza concedeu prazo de 10 dias para os advogados dos acusados juntarem documentos. Depois disso, o Ministério Público estadual e os advogados de defesa terão que apresentar as alegações finais, momento anterior à sentença.
Por Douglas Corrêa – Repórter da Agência Brasil Rio de Janeiro
EBC