Delegado da 134 DP de Campos apresenta versão do suspeito de homicídio em casa de shows no final de semana

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Foto: O Dia
O titular da 134ª Delegacia de Polícia (Centro), Bruno Cleuder, falou em entrevista coletiva, na manhã desta terça-feira (7), sobre a versão apresentada pelo policial militar reformado, de 46 anos, suspeito de ser o autor do homicídio de Thiago Ferreira de Oliveira, de 19 anos, ocorrido na madrugada de domingo (5), no estacionamento de uma casa de shows na avenida Nilo Peçanha, em Campos. A Polícia Civil aguarda o resultado do exame cadavérico, cujo prazo é de 10 dias, para confrontar com a versão de que a arma teria sido disparada acidentalmente. O suspeito se apresentou à sede policial, nessa segunda-feira (6), acompanhado de seu advogado. Enquanto não sair o exame cadavérico, assim como o laudo pericial, ele ficará em liberdade.
De acordo com o delegado, o policial reformado informou que chegou à festa por volta das 4h de domingo, quando se deparou com Thiago alterado no estacionamento, gritando com as pessoas no local e teria começado a dar socos no capô de seu carro. “Conforme o depoimento do suspeito, ele desceu do veículo e se identificou como policial, mas Thiago teria dito que pouco importava se ele era policial e partiu em sua direção. Foi quando ele deu um tiro de advertência no chão. Mesmo assim, a vítima não teria declinado no seu ímpeto de partir pra cima dele, e, ao tentar dar uma coronhada no rosto da vítima disparou a arma acidentalmente. Como não havia flagrante e mandado de prisão emitido contra ele, foi ouvido, acompanhado do advogado, e liberado em seguida”, disse.
A arma do crime, uma pistola PT 380, foi apreendida, juntamente com carregador e as munições que restaram. O material será submetido à perícia e, a partir do laudo cadavérico, será verificada a proximidade dos disparos. “A alegação do policial é de que iria dar uma coronhada na vítima, quando disparou a arma acidentalmente. Sendo assim, o tiro teria que ser colado. Cada tiro tem uma característica pela balística, então, a gente vai saber comparar a versão dele com o laudo cadavérico, para saber se faz sentido. Além disso, vamos avaliar as provas testemunhais”, informou, ressaltando que duas testemunhas confirmaram que a vítima estava na frente do estabelecimento querendo brigar com qualquer um.
O suspeito foi identificado com a ajuda de câmeras do Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp), que filmaram o carro, um Astra branco, durante a fuga. O PM seria reformado há 17 anos, morava em Campos, mas serviu no 32º Batalhão de Polícia Militar (Macaé).
Folha da Manhã entrou em contato com a assessoria de imprensa da secretaria de Estado de Polícia Militar que informou que a Corregedoria da Polícia Militar, por meio da 6ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar, abriu procedimento apuratório e tem colaborado com a apuração dos fatos.
Crime — Na madrugada de domingo, o Corpo de Bombeiros chegou a ser acionado, mas a vítima, que sofreu um tiro no rosto, já estava sem vida. A namorada do jovem, que desmaiou após Thiago ser morto, e um amigo chegaram a relatar que tudo aconteceu muito rápido e não deu tempo de ver nada.
VIRNA ALENCAR
Folha 1

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