Lotado o Centro de Referência da Dengue é alvo de reclamações por parte da população de Campos

Superlotado e com demora no atendimento a população, CRDI é alvo de criticas por parte daqueles que precisão de socorro imediato.

Atendimento no CRDI (Foto: Isaías Fernandes)

Atendimento no CRDI (Foto: Isaías Fernandes)

A demora no atendimento e a lotação no Centro de Referência de Doenças Imuno-infecciosas (CRDI), no Centro, são alvo de reclamações de pacientes, que formavam fila em busca de auxílio na unidade desde as primeiras horas desta quinta-feira (2). Entre os problemas apontados também estão a falta de espaço na área coberta do CRDI e de informações sobre horários e dias de consultas e a redução da equipe médica. Segundo os pacientes, na manhã desta quinta, havia apenas três profissionais para realizar o atendimento. Por dia, são distribuídas 250 senhas.
No final da manhã desta quinta, a dona de casa Arlete Ferreira dos Santos relatou que estava desde as 6h esperando atendimento para sua mãe, Leda de Jesus Ferreira, de 87 anos, que anda com auxílio de muletas. Ela contou que, no bairro onde mora, Parque Prazeres, foram registrados diversos casos de chikungunya.
Atendimento no CRDI (Foto: Isaías Fernandes)
— É uma falta de respeito. Nós estamos no “tempo” (fora da área coberta da unidade), aguardando atendimento para fazer o teste de confirmação para chikungunya da minha mãe, que está debilitada. Deveria ter um médico para as prioridades — disse.
Outra queixa dos pacientes é de que não há avisos que informem que os atendimentos a crianças só são feitos às segundas, quartas e sextas-feiras e que apenas os clínicos gerais atendem às terças e quintas-feiras.
— Estamos eu, minha filha de cinco anos e meu esposo com suspeita de chikungunya e, ao ver minha filha aqui, a moça rasgou a ficha porque hoje não tem pediatra. Mas eu não sabia e não vi nenhum papel informando. Moro no bairro Nova Campos e tem muita gente nessa situação por lá. Aí, chego aqui e minha filha não vai poder ser atendida. Absurdo — reclamou Gina Elisa Almeida.
A aposentada Cleimara Machado, de 62 anos, precisou sair amparada pelo marido, Paulo César de Souza, para procurar atendimento em outro local. Ela não conseguiu chegar a tempo de pegar as senhas, que costumam ser entregues a partir das 7h.
— Vim fazer o exame de confirmação de chikungunya, porque esse lugar só serve para isso. Para ter um socorro, tem que ir para outra unidade. Moro em Nova Brasília e por lá o negócio está feio. Chego aqui e acabou a senha, além de o espaço ser pequeno. Minha esposa mal consegue andar. É um descaso essa situação — desabafou Paulo César.
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Em nota, a secretaria municipal de Saúde informou que “o departamento de Vigilância em Saúde reforça que o atendimento primário aos pacientes com suspeita de chikungunya é descentralizado e que os mesmos podem buscar as Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município, além dos hospitais. O Centro de Referência de Doenças Imuno-infecciosas (CRDI) trabalha com atendimento de até 250 pessoas por dia, através de equipe médica especializada para atendimento diário na unidade, além reforço com equipe acadêmica”.
Ainda em nota, a secretaria ressaltou que “toda a rede de saúde do município, com mais de 70 Unidades Básicas de Saúde (UBSs), está apta para o atendimento nos casos suspeitos de chikungunya, dengue e zika. A Prefeitura reforçará o atendimento no distrito de Travessão, área com maior concentração de casos de chikungunya, no intuito de diminuir, também, a demanda no CRDI”.
Por: CATARINE BARRETO 
Folha 1

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