Detento morre na Cadeia Pública de Campos e corpo só é encontrado seis horas mais tarde

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Foto: G1

Um detento de 27 anos da Cadeia Pública Dalton Crespo de Castro, em Campos, morreu na tarde dessa segunda-feira (30). O atestado de óbito indica que a causa da morte foi hemorragia craniana e abdominal. Segundo depoimento prestado por agente da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) na delegacia, imagens da câmera de segurança mostraram que a vítima foi levada por um grupo de detentos para um canto do solário por volta das 14h. O corpo foi encontrado pouco antes das 20h. Familiares contaram que a vítima era de Casimiro de Abreu e que foi agredida até a morte, além de reclamar da falta de atendimento médico. Com este crime, sobe para 12 o número de assassinatos somente no mês de abril, sendo o 46º registrado em 2019, segundo dados da Folha da Manhã.

Ainda segundo o depoimento do agente, a vítima saiu para banho de sol das 13h às 15h e, por volta das 16h, outro agente percebeu que havia uma pessoa a menos na sela. A partir daí, as buscas começaram e eles consultaram as câmeras de segurança, mas que, mesmo com acesso a elas, não foi possível identificar nenhum suspeito do crime. O corpo foi encontrado às 19h55 de segunda, em um canto do solário.
— A gente vê aqui na ocorrência que foram mais de 6 horas para encontrarem ele. Talvez se ele tivesse sido levado ao médico, ele ainda estaria vivo. Como ninguém viu o que aconteceu? — lamentou a irmã do detento, que preferiu não ser identificada.
Folha da Manhã entrou em contato com a Seap, que afirmou, apenas, que uma sindicância foi aberta para apurar o caso.
O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) na noite de segunda e liberado na tarde desta terça-feira. O caso segue sendo investigado pela 146ª Delegacia de Polícia, em Campos.
CAMILLA SILVA 
Folha 1

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