Com arma roubada e um carro clonado, PM lotado em Macaé é preso em Campos e levado para o Rio de Janeiro
Foto: divulgação
Permanece preso, no Batalhão Especial Prisional (BEP), no Rio de Janeiro, o policial militar lotado no 32º Batalhão de Polícia Militar (BPM), em Macaé, flagrado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na terça-feira (23), no posto da BR 101, em Ururaí, com documentação falsa de um Honda City — que era clonado — e uma arma roubada. O policial foi conduzido à sede da Polícia Federal em Campos, por conta do documento falso, onde foi ouvido e liberado, mas foi encaminhado também à 6ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM), de onde seguiu para a unidade prisional. O 32º BPM não comentou o assunto. No dia 15 deste mês, a Folha da Manhã publicou matéria sobre a investigação, na DPJM, de um caso de extorsão mediante sequestro envolvendo policiais também do 32º BPM.
Segundo o delegado da Policia Federal em Campos, Paulo Cassiano Junior, não houve necessidade de pagamento de fiança, mas o PM deverá comparecer à unidade quando for chamado e está proibido de sair do país ou mudar de endereço sem aviso prévio às autoridades.
Investigação — No dia 26 de março, também em Campos, depois de ter negociado medicamentos, um homem foi abordado, no carro com a mercadoria, em Macaé. Ele foi levado para um local, onde foi mantido em cativeiro. Para liberar o homem e a mercadoria, os PMs teriam exigido uma propina de R$ 30 mil. A abordagem teria sido feita por dois policiais fardados. Entretanto, dois outros homens teriam participado e a informação é que seriam policiais da Segunda Seção (P2) do 32º BPM, porque estavam descaracterizados. Há probabilidade do envolvimento de alguém de Campos, que teria dado a “dica” do medicamento sendo levado para o outro município sem nota fiscal. O homem que transportava a mercadoria foi mantido em cativeiro por quase cinco horas, até que o dono da farmácia que ia comercializar os medicamentos efetuou o pagamento da propina.
Procurada, a secretaria de Estado de Polícia Militar disse que “há um Inquérito Policial Militar (IPM) em curso na Corregedoria da Corporação para apurar o fato. Como determina o regulamento da instituição, o IPM corre em sigilo”.
Por: CATARINE BARRETO
Folha 1