Brasileiro ex-presidente da Renault deixa prisão no Japão pela segunda vez

O executivo Carlos Ghosn, ex-presidente da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, foi libertado nesta quinta-feira (25) após o pagamento de uma fiança de US$ 4,5 milhões, valor equivalente a R$ 17,8 milhões. O brasileiro estava preso desde 4 de abril, quando foi detido pela segunda vez no Japão por violações financeiras.

Vestindo um terno escuro e sem gravata, Ghosn deixou o centro detenção por volta das 22h20 locais (10h20, horário de Brasília), acompanhado de um de seus advogados.

O tribunal estabeleceu como condições para a liberdade, entre outras coisas, a proibição da saída de Ghosn do Japão e qualquer tentativa por ele de manipular possíveis provas nas investigações abertas contra ele.

Outra exigência das autoridades é o contato restrito com sua mulher, Carole Ghosn. O brasileiro só pode se encontrar com ela com autorização da Justiça, e em local e hora determinados.

Inicialmente, o pedido foi contestado pela Promotoria japonesa, que entrou com um recurso contra a liberdade de Ghosn. O tribunal, no entanto, rejeitou o pedido.

Carlos Ghosn deixa centro de detenção de Tóquio nesta quinta-feira (25) — Foto: Issei Kato/Reuters

Carlos Ghosn deixa centro de detenção de Tóquio nesta quinta-feira (25) — Foto: Issei Kato/Reuters

Histórico do caso

Ghosn foi preso no Japão em 19 de novembro do ano passado e, desde então, deixou a presidência do conselho das três montadoras que comandava: Nissan, Mitsubishi e Renault.

O brasileiro estava à frente da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi. Juntas, as 3 marcas foram o grupo que mais vendeu carros no mundo em 2017 e em 2018.

Carlos Ghosn é acusado de fraudes fiscais no Japão — Foto: Arte/G1

Carlos Ghosn é acusado de fraudes fiscais no Japão — Foto: Arte/G1

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